"Abatido" sábado último: Foi ontem a enterrar no cemitério da Lhanguene, em Maputo, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Banco Austral, António Siba Siba Macuácua, assassinado sábado último no edifício-sede da instituição. Na capela do Hospital Central de Maputo o Presidente da República, Joaquim Chissano, membros do Governo, familiares e amigos renderam a última homenagem ao malogrado. Na ocasião Chissano reiterou que o Governo vai colocar todos os recursos de que dispõe para a investigação e identificação dos autores do crime. Entretanto, parte da equipa sul-africana, alegadamente chamada a colaborar na investigação, já regressou ao seu país. Mas, não obstante a Polícia moçambicana manter-se em silêncio, há informações que indicam que já há indiciados do caso. Não se sabe, no entanto, se o PCA do Austral foi assassinado por um funcionário da instituição ou por um "matador" profissional. Ao nível do banco diz-se que o malogrado teria sido ameaçado de morte uns dias antes do crime. Apesar do crime o ABSA não vai desistir da compra do Banco Austral, uma instituição que tem um buraco financeiro de mais de 1300 milhões de contos. (TVM e Notícias, 15 e 16/08/01) Leia também a notícia de terça-feira: Depois de 16 anos de paralização: Arrancou ontem a primeira campanha de produção de açúcar na Companhia do Sena, em Marromeu, província de Sofala, cerca de 16 anos depois da paralisação em consequência da guerra. A inauguração oficial está agendada para o próximo dia 17 de Outubro, esperando-se que estejam presentes o Chefe de Estado, Joaquim Chissano, e o Primeiro-Ministro das Maurícias. Nesta primeira campanha prevê-se a produção de 40 mil toneladas de açúcar, que vão consumir 360 mil toneladas de cana, produzida numa extensão de 4 400 hectares. Desta produção, 30% será de açúcar branco destinado à exportação, essencialmente para os países da Europa, enquanto que os restantes 70% serão de açúcar amarelo, para o consumo interno. A Companhia do Sena conta com um capital de 116 milhões USD, 75% dos quais provenientes das Maurícias e os restantes do Governo moçambicano. Actualmente a fábrica emprega 5 350 trabalhadores, número que ascenderá a 7 000 quando a fábrica começar a laborar em pleno. (Notícias, 15 e 16/08/01) Leia também as notícias de: África do Sul é o maior investidor no país A África do Sul foi o país que mais investiu em Moçambique durante o primeiro semestre do ano em curso, com 19 projectos, estimados em 485 500 mil USD. Os investimentos dos sul-africanos são diversificados e apresentam-se em forma de comparticipação em grandes projectos industriais e uma forte presença em projectos de pequena e média dimensão. Segundo o Centro de Promoção de Investimentos, Moçambique tornou-se o país mais privilegiado pelos investidores sul-africanos por causa da vantagem de localização, a construção da auto-estrada Maputo/Witbank, que, aliada às infra-estruturas ferroviárias e ao Porto de Maputo facilita a entrada da matéria-prima. Entretanto, as Maurícias, com apenas dois projectos, ocupam o segundo lugar dado que o seu volume de investimentos atinge os 17 745 mil USD.
Portugal, com 18 projectos autorizados e cujo investimento situou-se à volta dos 9 300 mil USD, ocupa a terceira posição, seguido da Grã-Bretanha. Os EUA,
que realizaram investimentos na ordem de 291 250 USD, ocupam a décima posição do "ranking" dos investidores no país. (Notícias,
16/08/01) Notícias de ontem (15 de Agosto): Já iniciou o diálogo nos CFM-Sul entre sindicato e direcção |