Em Maputo: Foi inaugurada ontem, em Maputo, uma nova instituição bancária, denominada Banco Mercantil e de Investimento (BMI), elevando para 12 o número de bancos comerciais a operar em Moçambique. De acordo com o Presidente do Conselho de Administração do BMI, Alfred Kalisa, o banco vai privilegiar nas suas actividades os pequenos e médios empresários, através de operações de crédito. Com um capital de cerca de 2 milhões de dolares americanos, o banco é detido em 60% por empresas e individualidades nacionais. Cerca de 30% destas acções pertencem ao Instituto Nacional de Segurança Social, à empresa pública Electricidade de Moçambique e ao grupo Focus 21, ligado a Armando Guebuza, chefe da bancada da Frelimo na Assembleia da República. Os 40% pertencentes a accionistas estrangeiros são principalmente da Diage Asset Management, empresa da qual Alfred Kalisa é o dono. A Ministra moçambicana do Plano e Finanças, Luisa Diogo, presente no acto, elogiou a iniciativa e disse que a entrada em funcionamento deste nova unidade estimula os objectivos governamentais nesta área, que tem como um dos objectivos a criação de condições para o alargamento dos serviços financeiros em Moçambique. O novo banco eleva para 251 o número total de balcões das diversas instituições bancárias existentes no território nacional. O BMI opera apenas com um balcão em Maputo, mas pretende aumentar o número de balcões em função do comportamento do
mercado. Refira-se que o crédito para a economia tem vindo a registar uma expressiva diminuição, em particular para a agricultura, que em 1987 era a mais beneficiada,
com 48% do crédito total bancário. No ano de 2000, a agricultura absorveu apenas 19% do crédito total, depois da indústria e do comércio.
(Notícias, AIM, 18/09/01) Por erros técnicos na acusação: Um grupo de 17 funcionários públicos, acusados do desvio de cerca de sete mil milhões de meticais do Orçamento do Estado foram absolvidos e restituidos à liberdade pelo Tribunal Provincial de Gaza, por falta de provas. A sentença, lida no passado dia 3 de Setembro, caiu como uma bomba na cidade de Xai Xai, porque todos que acompanhavam o caso estavam convencidos que os 17 seriam condenados, escreve o jornal metical de ontem. O próprio Tribunal reconhece que eles estão implicados, mas o Ministério Público não conseguiu estabelecer quanto cada um dos funcionários desviou e na ausência deste elemento o júri do Tribunal não pude aplicar uma medida concreta a cada um dos co-arguidos, como manda a Lei. Os roubos vêm ocorrendo desde 1997. A rede de duas quadrilhas, uma na Direcção Provincial de Educação (DPE) e outra nas Finanças (DPPF), foi denunciada por um funcionário anónimo da Educação no distrito de Guijá, que desapareceu logo que a polícia iniciou as investigações em 1999. A rede na DPE falsificava títulos de despesas públicas e folhas de salários de professores, enquanto os envolvidos na rede dentro da DPPF facilitavam a liquidação dos títulos e folhas de salário. Não se sabe exactamente quanto dinheiro foi desviado pelas quadrilhas. A acusação chegou a apresentar ao tribunal títulos que somavam mais de 11 mil milhões de MT, mas, aparentemente, nem todos esses títulos eram falsos. A Procuradora Provincial de Gaza, Ana Chuquela, recorreu da sentença proferida pelo Tribunal Provincial. (metical 17/09/01) Leia também a notícia de 21 de Junho deste ano: Educação reunida em Conselho Coordenador Quadros da Educação a diversos níveis estão reunidos desde ontem, em Maputo, no XXVI Conselho Coordenador do Ministério da Educação. Durante cinco dias, o grupo, composto por directores provinciais e distritais da Educação e quadros a nível central, vai fazer uma avaliação do desempenho do sector, no âmbito do plano quinquenal do Governo. O sector da Educação emprega mais de 50% de todos os funcionários do sector público no país. Entre os pontos discutidos ontem destacam-se os relacionadas com o enquadramento dos funcionários no sistema de carreiras e
remunerações, salários dos professores e a motivação dos funcionários a todos os níveis. Também se abordou a problemática da
distribuição do livro escolar, a melhoria da gestão dos centros internatos, a reintrodução da produção escolar nos estabelecimentos de
ensino, a construção e manutenção de edifícios escolares e ainda outros temas. (Notícias, 18/09/01) Conversações com Tony Blair: O Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, participa hoje, em Londres, em discussões privadas com o Primeiro-Ministro britânico,
Tony Blair, e outros cinco presidentes africanos. As discussões terão lugar na atmosfera relaxada da residência rural do Primeiro-Ministro britânico, em
Chequers. Na agenda estão a definição das prioridades no desenvolvimento do continente africano e o relacionamente deste com o Reino Unido. (Rádio Moçambique, 18/09/01) Notícias de ontem (17 de Setembro): Chissano poderá recandidatar-se em 2004 |