Em resposta à greve: A fundição de alumínio MOZAL, localizada nos arredores da cidade de Maputo, confrontada com uma greve de uma parte considerável dos seus trabalhadores, não pensou duas vezes, declarou a greve "ilegal" e anunciou o despedimento de todos os trabalhadores que aderiram à greve. A fabrica mandou uma notificação de suspensão a centenas dos seus trabalhadores e caso não apelem, dentro de dez dias, à esta decisão, estes trabalhadores estão despedidos. Apesar das ameaças, o comité sindical da MOZAL afirma que os grevistas estão dispostos a prosseguir com a paralisação por tempo indeterminado, tal como foi indicado no pré-aviso dirigido à direcção, a 18 de Setembro passado. O grupo dos grevistas é constituído maioritariamente por trabalhadores moçambicanos dos níveis I e II, nomeadamente os operadores e o pessoal da manutenção. Entretanto, a MOZAL foi buscar 150 trabalhadores na fundição na cidade sul-africana de Richards Bay, para garantir serviços mínimos. A contratação de estrangeiros é tida pelo sindicato como uma violação da Lei do Trabalho que, no artigo 130, estipula que "em caso de paralisação laboral o patronato deve solicitar ao sindicato, em tempo e número úteis, operários moçambicanos para garantir os serviços mínimos". (Notícias, 04/10/01) Leia também a notícia de ontem: Telefonia móvel: O ministro dos Transportes e Comunicações, Tomaz Salomão, anunciou ontem, em Maputo, que dois novos operadores do serviço de telefonia móvel celular vão operar no país a partir do próximo ano. O concurso público para a selecção de novos provedores do serviço telefónico celular será oficialmente lançado no próximo domingo, dia 8 de Outubro. Em Dezembro serão apreciadas as propostas e seleccionados os vencedores. Neste processo, o governo conta com a assistência do consultor britânico McCarthy Tetrault. Actualmente a única empresa operadora daquele serviço no país é a mCel, que já revelou a sua incapacidade de responder às necessidades dos consumidores. Segundo o ministro Tomaz Salomão, estima-se em cerca de 150 mil o número de potenciais utilizadores do serviço da mCel. Quando esta empresa nasceu esperava servir 10 mil clientes apenas. (Notícias, 04/10/01) Para mais informações sobre concurso público, Aniversário dos Acordos de Roma: Foi a 4 de Outubro de 1992 que a Frelimo e a Renamo assinaram, em Roma, Itália, o Acordo Geral de Paz (AGP), que marcou o fim da guerra em Moçambique. Numa mensagem alusiva à passagem do 9º aniversário do AGP, o partido Frelimo exortou ontem todos os moçambicanos para que "levante bem alto o estandarte da paz". Por seu turno, o Partido Trabalhista (PT) entende que é importante que "todas forças vivas da sociedade se aglutinem na luta pela
consolidação da paz, fortalecimento da unidade nacional, boa governação e pelo aprofundamento da democracia". Apela à Frelimo e a Renamo no sentido de
criarem um ambiente favorável ao desenvolvimento do país, abandonando as acusações mútuas. (Notícias, 04/10/01) Ido de Bogotá: O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, chega hoje a Roma, ido de Bogotá, Colómbia, onde participou na reunião da Internacional
Democrática Cristã, organização de que é vice-presidente. Em Roma, Dhlakama deverá ser recebido pelo Papa João Paulo II e manterá
encontros com D. Mateo Zuppi, da Comunidade de Santo Egídio, Manfred di Camerana, ex-embaixador da Itália em Maputo, entre outras entidades, muitas das quais ligadas ao
processo de paz em Moçambique. Com essas entidades, Afonso Dhlakama vai abordar a situação política, económica e social de Moçambique.
(Notícias, 04/10/01) Instituto Industrial da Beira: O Ministro da Educação, Alcido Nguenha, determinou a anulação das matrículas de frequência de 290 alunos do Instituto Comercial e Industrial da Beira, na sequência de "graves irregularidades" registadas nas inscrições. Entre essas irregularidades consta, por exemplo, a inscrição de alunos que não constam das listas enviadas pela Direcção Nacional de Ensino Técnico. Nguenha mandou também cessar funções o director do IICB, Rodrigues Gonçalves Júnior, nomeando para o seu lugar Francisco Mulembo Cote. Não está claro como esta medida se relaciona com a fraude detectada recentemente naquela instituição de ensino pelo Governador da província de Sofala, Felício Zacarias. (Notícias, 04/10/01) Leia também a notícia da semana passada: Notícias de ontem (3 de Outubro): Trabalhadores da MOZAL novamente em greve |