OPINIÃO Filho de Chissano contesta notícia NA EDIÇÃO do Jornal EXPRESSO de 17 de Março de 2001, em artigo de primeira página e com continuação no 2º Caderno, a páginas 30, são tecidas afirmações falsas e imputados juízos de valor, inverídicos e difamatórios, aí se afirmando que o Respondente, juntamente com seu irmão, ambos filhos do Presidente da República de Moçambique, Joaquim Chissano, e citamos: "OS FILHOS do Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, são suspeitos de envolvimento em negócios obscuros e enriquecimento rápido, a coberto do estatuto do pai." Desconhece em absoluto o respondente os factos e qualidades que esse Jornal e o Jornalista Marcelo Mosse, autor do escrito, lhe atribuem como sujeito de, e citamos: "enriquecimento rápido e alegado envolvimento em negócios obscuros, a coberto do estatuto do pai", afirmações que são totalmente falsas e difamatórias. Continua o mesmo jornalista: "...Nhimpine, de 31 anos, que há cerca de uma semana terá sido detido na África do Sul por alegada posse de cocaína..." O respondente não esteve na África do Sul na semana em que se diz ter estado detido e este facto pode ser demonstrado com o auxílio de todos os meios disponíveis, incluindo-se a própria Polícia Sul-africana, os Agentes da Migração, as testemunhas e a conferência dos movimentos na fronteira através do passaporte. Mais - e o que é mais grave -, nunca o respondente foi detido em qualquer circunstância, na posse de cocaína ou outra coisa qualquer! Continua o citado escrito: "Mas estes contam com o apoio da mãe, Marcelina Chissano, mais preocupada com os negócios da família do que com a política", o respondente desconhece por completo tais factos e qualidades que esse Jornal e o Jornalista Marcelo Mosse lhe atribuem, acresce referir que a sua mãe esteve gravemente doente e ausente do país de 18 de Janeiro de 2001 a 11 de Abril de 2001, tendo estado entre a vida e a morte a 25 de Janeiro de 2001, por insuficiência cardiovascular com falência respiratória; tal situação ocorreu após um acto cirúrgico. Só por estes factos, se outros não houvesse, se comprova a total falsidade imputada à mãe do respondente. Desconhece ainda por completo, o respondente, quais os factos ocorridos que legitimam a afirmação do mesmo Jornalista para vir dizer que o respondente e seu irmão: "chamam a atenção da sóciedade por causa das suas atitudes violentas, enriquecimento rápido e alegado envolvimento em negócios obscuros". Nem o respondente se envolve ou envolveu em quaisquer confrontos, nem enriqueceu rapidamente e muito menos através de negócios obscuros - limita-se a dirigir uma agência de viagens denominada Expresso Tours, Lda. com sede na Rua Barnabé Thawé nº 727, Maputo, Moçambique. Quanto à alegação de que o respondente, "a coberto do estatuto do pai" terá iniciado "um processo de enriquecimento rápido", é evidente que qualquer mau jornalismo se serve destes processos, em vez de se servir de factos concretos, que possam ser demonstráveis! Também é falso que tenha o exclusivo do fornecimento de viaturas para as conferências internacionais em Maputo. e também é falso que o respondente faça importação de bebidas alcoólicas e duplamente falso que o faça: "nem sempre... da maneira mais legal". Tudo o que vem afirmado depois, no escrito a que ora se responde - "usar o poder do pai para fazer singrar os seus negócios...", "fama de provocar desacatos e arrogância de que dá mostras", o citado episódio a propósito de um acidente de viação, as citadas reacções violentas para com jornalistas, etc., etc. - não passam de descaradas mentiras que a seu tempo o senhor Marcelo Mosse, autor do escrito, terá de comprovar até judicialmente. Quanto à imputação de que o respondente "age agora sob a protecção da mãe... é que ela tem um certo poder sobre o pai, já que a guarda de elite de Chissano é comandada por homens makondes, a etnia de Marcelina", é falsa a pretensa relação de causa-efeito, que pretende inferir-se, da relação familiar para a guarda presidencial - até a etnia da guarda presidencial é diversificada a começar pelo seu chefe! Quanto ao alegado ambiente de animosidade entre o respondente e o seu pai, não chega ao senhor Jornalista inventar factos e socorrer-se de boatos, precisa ainda de entrar na privacidade e esfera íntima destas relações familiares? Mesmo aqui continuando a mentir? Com todas estas insinuações pretende esse Jornal e o Jornalista Marcelo Mosse criar um clima de tensão no seio da família do respondente, comprometer as suas relações comerciais como empresário e manchar gravemente a boa imagem e reputação dos seus pais. Estes escritos afectaram profunda e gravemente a honra e consideração do respondente e da sua família, com graves repercussões na sua esfera sócial e nas suas actividades empresariais. Augusto Macedo Pinto, advogado de Nyimpini Joaquim Chissano |