Moçambique e Portugal chegam a consenso sobre HCB
Os Governos moçambicano e português iniciaram negociações, numa base considerada consensual, para a viabilização da Barragem Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB). Segundo os Ministros das Finanças de ambos os países, respectivamente, Luísa Diogo e Pina Moura, o consenso reside em três vertentes, nomeadamente encontrar novos caminhos para a estrutura accionista da HCB, a reestruturação da dívida de que Portugal é credor, e a definição de um novo contrato de fornecimento de energia eléctrica a partir de Cahora Bassa.
Luísa Diogo referiu que a HCB deve ser um motor de desenvolvimento para o Vale do Zambeze. "Cahora Bassa existe, está lá, e tem uma responsabilidade fundamental no desenvolvimento do Vale do Zambeze. É preciso ter esse investimento a cumprir com as suas responsabilidades. O que é preciso é viabiliza-lo e fazer com que cumpra as suas obrigações em termos de desenvolvimento daquela zona", acrescentou.
As duas partes voltam a reunir-se a 11 de Dezembro, a nível técnico, para detalhar os três pontos a negociar. (Notícias 18/11/2000)
Fundos de Roma já chegaram a Gaza
Já estão disponíveis os montantes da Comunidade Internacional para ajudar os agentes económicos da província de Gaza afectados pelas últimas cheias. Trata-se de parte dos mais de dezassete milhões de dólares pedidos em Roma para a assistência a operadores económicos.
Os mais de 660 comerciantes de Xai-Xai, Chibuto, Chokwé e Guijá assolados pela calamidade já podem abordar as instituições bancárias locais para negociar o crédito, cuja taxa de juro deverá oscilar entre os oito e dez por cento. "Não está definido nenhum valor a ser disponibilizado a cada comerciante. Tudo depende dos prejuízos que cada um sofreu", disse João Macucha, Director Provincial da Indústria, Comércio e Turismo em Gaza. A reposição dos créditos a serem solicitados deverá ocorrer num período de cinco anos. (Notícias 16/11/2000)
Mão-de-obra moçambicana nos países do Golfo
Moçambique poderá a partir do próximo ano enviar mão-de-obra moçambicana para os países do Golfo. Segundo Leonardo Simão, Ministro dos Negócios Estrangeiros, foram estabelecidos acordos entre o sector empresarial dos Emirados Árabes Unidos e outros países da região do Golfo, e empresários moçambicanos.
O Governo considera a possibilidade de envio de artífices como carpinteiros, motoristas e padeiros de acordo com a demanda do mercado. "Não podemos exportar mão-de-obra especializada como médicos, engenheiros e advogados porque nós não temos, e até porque nos fazem muita falta", disse Simão.(Notícias 17/11/2000)
Criada fábrica de cadeiras de rodas
Está para breve a entrada em funcionamento da nova fábrica de cadeiras de rodas para deficientes militares e paramilitares. O projecto é situado no distrito de Boane, na província de Maputo. Manuel Chazque, Presidente da Associação dos Deficientes Militares e Paramilitares de Moçambique (ADEMIMO) adiantou que a fábrica já tem as condições mínimas para funcionar, faltando apenas a instalação de energia eléctrica.
A mão-de-obra será constituída por membros da associação. As cadeiras serão feitas com base em material local, excepto as rodas que serão importadas da África do Sul.
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