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Os seis polícias brancos sul-africanos, detidos no início deste mês por terem "treinado" cães com ataques a moçambicanos negros, foram postos em liberdade condicional na passada 4a feira. Aqueles polícias foram libertados sob uma caução de 2000 randes cada um, pelo juiz Allan Cohen, do tribunal de Pretória, e abandonaram as instalações judiciais em viatura blindada para destino desconhecido. Enquanto decorria o julgamento daqueles polícias, cerca de 150 pessoas manifestaram, no exterior do edifício do tribunal, a sua cólera contra a brutalidade dos polícias brancos.
Os seis polícias afrikaners, membros a unidade canina da polícia da região de East Rand, foram filmados em Janeiro de 1998 a lançarem cães contra três imigrantes clandestinos moçambicanos, que em seguida foram submetidos a longas e selváticas torturas e a insultos racistas. O juiz Cohen, ao anunciar a decisão de conceder liberdade provisória aos réus, justificou-a com o argumento de que "não é do interesse da justiça mantê-los presos". Os seis polícias deverão comparecer em tribunal no dia 22 de Janeiro de 2001. (Notícias, 24/11/00)
África do Sul - Mbeki quer reforma agrária célere e sem conflitos
O Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, procedeu a entrega de 8.600 hectares de terras agrícolas à tribo Amahlubi, do Kwazulu-Natal, exortando todos os sul-africanos a "acelerar a reforma agrária" em curso no país. Falando na ocasião, Mbeki referiu que, "se todos trabalharem em conjunto, a reforma agrária decorrerá sem conflitos".
Mais de um milhar de membros da comunidade Amahlubi acorreram ao local da reunião para presenciarem a entrega de títulos de propriedades aos régulos da comunidade. As terras agora entregues aos seus legítimos proprietários haviam-lhes sido confiscadas pelas autoridades coloniais britânicas há 130 anos. O Presidente sul-africano salientou que "os negros e brancos" devem trabalhar em conjunto para ultrapassar o desafio de melhorar as condições de vida dos desprevilegiados e erradicar as disparidades. (Notícias, 20/11/00)
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Mande uma mensagem para notmoc@iris.co.mz Guiné-Bissau - Ansumane Mané falha segundo golpe
O general Ansumane Mané, que na semana finda tentou um golpe de força contra o poder constitucional na Guiné-Bissau, está detido e corre o risco de ser expulso do país, segundo anunciou o Chefe de Estado Maior da Força Aérea daquele país, Melcíades Fernandes. Fernandes disse que está em curso uma operação, liderada por si, para ir buscar Mané ao local onde está detido. Fontes oficiosas em Bissau referiram que Ansumane Mané, líder da levantamento militar que depôs o Nino Vieira no ano passado, e que se auto-proclamara Chefe do Estado Maior das Forças Armadas guineenses, estaria na missão católica de Quinhemel, a 30 quilómetro de Bissau.
Além da detenção do Chefe da Junta Militar, foram capturados cerca de 100 homens que o acompanhavam. Por outro lado, o ex-Procurador Geral da Guiné-Bissau, Amine Saad e o líder do PAIGC, Francisco Benante foram, igualmente, presos por alegadamente estarem por detrás da auto-proclamação de Ansumane Mané. As autoridades da Guiné não pretendem executar Ansumane Mané após a sua captura mas sim forçar o seu exílio. Ansumane Mané, nasceu na Gâmbia, mas participou activamente na luta de libertação da Guiné-Bissau. (Notícias, 25/11/00)
Zimbabwe- Sucessão de deputado provoca morte e detenções
Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas na sequência de confrontos entre os apoiantes dos vários partidos que concorreram às eleições para preencher um lugar no Parlamento do Zimbabwe. A Polícia lançou gás lacrimogéneo para acabar com os confrontos e deteve 27 pessoas no distrito de Beatrice, 50 quilómetros a sudoeste de Harare, a capital do Zimbabwe.
De acordo com o porta-voz da Polícia, Botwell Mugarir, a identidade do homem que morreu é ainda desconhecida e não existem dados sobre quem terá disparado ou sobre as filiações políticas das 27 pessoas detidas. As eleições foram marcadas com vista à substituição de um deputado do partido no poder, que morreu pouco depois de ter conseguido o lugar nas eleições de Junho último. O MDC conseguiu 57 dos 120 lugares disputados nas eleições de Junho e representa, por isso, um dos maiores desafios à ZANU-FP, depois de duas décadas de Governo incontestado. (Notícias, 21/11/00)
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