Assinantes: 988 por e-mail, 75 impressos
REGISTO No. 008/GABINFO-DE/98 |
Última homenagem ao jornalista Carlos Cardoso
Este espaço, normalmente reservado ao sorriso para começar mais uma semana de trabalho, está hoje de luto.
Carlos Cardoso, jornalista desde 1975, trabalhou na Revista Tempo, Rádio Moçambique e, entre 1980 e 1990 foi director da Agência de Informação de Moçambique. Em 1992 Carlos Cardoso, com outros profissionais, estava ao berço da imprensa independente em Moçambique, criando a MEDIACOOP com publicações como MediaFAX e o jornal Savana. Mais tarde Carlos Cardoso fundou o Jornal "Metical", onde exercia as suas funções até ao seu assassinato. Carlos Cardoso foi membro da Assembleia Municipal de Maputo pelo grupo "Juntos pela Cidade". Carlos Cardoso deixa viúva e dois filhos.
Mas Carlos Cardoso foi mais do que "um jornalista'. Com a sua luta por um jornalismo independente, crítico, responsável e investigativo. Carlos Cardoso simbolizava para muitas pessoas a liberdade de imprensa e a esperança no futuro do país. A morte de Carlos Cardoso originou uma onda de actos de solidariedade e de protestos. Flores e mensagens foram postas no local do assassinato. O Sindicato Nacional de Jornalistas organizou uma marcha, partindo da sede do SNJ até o local do crime. O Servidor de Internet TropicalNET dedicou um site ao Carlos Cardoso. E o Primeiro-Ministro, Pascoal Mocumbi, numa conferência de imprensa, condenou o assassinato e disse que se formou uma brigada especial da polícia para identificar, neutralizar e levar a julgamento os autores morais e materiais do crime.
Na sexta-feira centenas de pessoas e personalidades de todos os sectores da sociedade prestaram a última homenagem a Carlos Cardoso na sala nobre do Conselho Executivo de Maputo, entre eles o Presidente da República, Alberto Chissano, a Graça Machel, o Presidente do BIM/BCM Mário Machungo, o escritor Mia Couto, ministros, jornalistas, artistas, representantes da comunidade internacional e "simples" cidadãos. Os restos mortais de Carlos Cardoso foram cremados no Cemitério de Lhanguene, em Maputo.
O NoTMoC apela a todos os seus leitores para visitar o site dedicado a Cardoso (www.ccardoso.tropical.co.mz) e deixar uma mensagem de solidariedade e assinar a petição exigindo justiça.
|
NoTMoC é publicado por:
Íris Imaginações
Editor: Francisca Serrão
NoTMoC on-line: Mozambique on-line (Wim Neeleman) |
voltar à home page de NoTMoC | voltar a Moçambique On-line |