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Ano 03 - Edição 2 - 22 de Janeiro de 2001
 


POLÍTICA


Diálogo Chissano-Dhlakama marcado por acusações mútuas

Os sorrisos com que Chissano e Dhlakama saíram do primeiro encontro em Dezembro, não estavam presentes na conferência de imprensa logo após o segundo encontro, que teve lugar na semana passada em Maputo. As declarações e acusações mútuas a seguir ao encontro deixaram claro que as partes continuam muito divididas. Parecia que as interpretações na imprensa dos bons resultados do primeiro encontro tinham assustado os dois partidos de tal forma que utilizaram este segundo encontro para "rectificar" essas interpretações.

Escreveu toda a imprensa naquela altura que a RENAMO, aparentemente, tinha aceita os resultados das eleições de 1999 e reconhecido o Presidente da República e o Governo da FRELIMO, desta vez ela quis deixar claro que esta interpretação ainda está longe da verdade. Do seu lado a FRELIMO quis deixar claro que a abertura para a nomeação de dirigentes locais de outros partidos não está tão perto como se sugeriu na imprensa.

A RENAMO insiste para que haja já a nomeação de governadores por ela indicados nas seis províncias onde ela ganhou as eleições. Chissano é de opinião que isto carece uma alteração da lei e da constituição. Ele aceita apenas o princípio de consulta e não o automatismo de nomear governadores do partido que ganhou as eleições naquele província.

Dhlakama afirmou que "o país está doente", insistiu que houve fraude nas eleições de 1999 e que o último recurso seria a convocação de eleições antecipadas. Para Chissano não há razões que justificam eleições antecipadas, alem do facto que estas podem trazer outros problemas.

As duas questões serão analisadas por grupos de trabalho entretanto criados para este efeito, e constituídos por membros destes dois partidos. Os grupos vão iniciar as suas actividades a 19 de Fevereiro próximo e deverão apresentar o seu relatório final até 15 de Março. Um novo encontro entre Chissano e Dhlakama terá lugar após a apresentação deste relatório. O Presidente da República afirmou que os membros destes grupos não irão auferir nenhum salário ou subsídio. (Notícias, 18/01/10, NoTMoC)


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