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Ano 03 - Edição 5 - 12 de Fevereiro de 2001
 

SOCIEDADE


 
No Combate ao SIDA: país pretende importar retrovirais

Moçambique poderá importar pela primeira vez, ainda este ano, fármacos para os pacientes contaminados pelo vírus HIV que provoca o SIDA. Porque tais medicamentos são muito caros, o Governo está a negociar sua importação através da Organização Mundial da Saúde (OMS), às companhias dispostas a fornecer os retrovirais. Em Moçambique são infectados, a cada dia, 700 pessoas pelo vírus HIV. (Notícias, 07/02/01)


No presente ano: são necessários 44 500 professores

Moçambique necessita de pelo menos 44 500 professores para assegurar a cobertura do actual ano lectivo, com cerca de 2,9 milhões de alunos. O défice no presente ano é de cerca de 800 professores, número que será coberto com a contratação de eventuais que serão sujeitos a uma formação acelerada.

Com a abertura progressiva dos Institutos de Magistério Primário, um por cada província, prevê-se a que a graduação anual de docentes para o ensino primário seja de 2,220 nos próximos anos, contra os actuais 1,360. Apesar dos esforços em curso, o défice em professores poderá continuar nos próximos anos, facto que também está aliado ao impacto SIDA, que no ano passado, em apenas cinco meses, vitimou 540 professores. (Notícias, 10/02/01)


Aulas iniciaram, mas não há livro escolar

Mais uma vez as aulas da 1a e 2a classes arrancaram sem que os alunos tivessem recebido o livro escolar de distribuição gratuita no país. Este não se encontra disponível no país dado que impresso no estrangeiro. A situação repete-se há vários anos mas a política mantêm-se. Na cidade de Maputo serão distribuídos cerca de 40 800 livros na primeira classe e 37 800 para a segunda.

Entretanto, nas cidades de Quelimane e Beira onde havia receio de que algumas escolas estivessem ocupadas ainda pelos desalojados na sequência das inundações, as aulas tiveram início ontem. Refira-se que Quelimane é um dos sete locais que vão implementar o programa de saúde reprodutiva e doenças de transmissão sexual nas escolas. Naquela cidade em cada 100 alunos 11 estão infectados pelo HIV. (Notícias, 06/02/01)


Cheias provocam danos no Centro e Norte

As chuvas intensas que têm estado a cair na província de Sofala, cortaram a estrada nacional no 1 (EN1), no troço entre os rios Ripembe e Muári. A empreiteira Rundell, contratada pelo Governo para reabilitar alguns trechos que sofreram danos com as chuvas de 1999, intervieram imediatamente o que levou à reposição do trânsito na via. A EN1 é vital para a economia moçambicana pois liga o sul e centro num percurso de centenas de quilómetros.

A situação também é crítica ao longo da EN nº 6 (o "corredor" da Beira, que liga Beira a Zimbabwe). Em Mafambisse cerca de 600 famílias abandonaram as suas casas, fugindo das inundações que também atingiram a maior parte do canavial da Açucareira de Moçambique. A estrada Tica-Buzi está cortada em vários pontos. O rio Púnguè atingiu um nível de 6,8 metros - apenas 20 cm abaixo do seu nível de alerta.

No vale do rio Zambeze a situação tende a agravar-se. As chuvas cortaram as ligações rodoviárias entre a cidade de Tete e os distritos de Mutarara e de Zumbo. A única maneira de viajar de Mutarara para Tete é através do Malawi enquanto a ligação Zumbo-Tete é feita via Zâmbia. (Notícias, RM, 07/02/01)


Sofala: acidente de viação ceifa vida a seis pessoas

Seis pessoas perderam a vida perderam a vida e 40 outras sofreram ferimentos graves na sequência de um acidente de viação ocorrido na estrada nacional no 1 (EN1) em Mutindir, província de Sofala. O acidente envolveu um autocarro da empresa transportadora TSL, que circulava no sentido Beira/Maputo. Entre os perecidos figuram o jornalista da Rádio Moçambique, Valentim Daniel e Leandro Jóia, estudante da Universidade Eduardo Mondlane.

Sobreviventes do sinistro indicam que esteve na origem do mesmo o excesso de velocidade, aliado à fraca visibilidade provocada pela chuva intensa que caía na circunstância. A Companhia de Transportes e Investimentos (TSL) vai custear as despesas relativas aos funerais dos mortos e tratamentos hospitalares dos feridos. Os três acidentes registados este ano, envolvendo os autocarros da TSL foram absolutamente trágicos, tendo causado a morte de mais de 20 pessoas.

No ano passado um autocarro das "Oliveiras" sinistrou provocando a morte de cerca de 30 pessoas. O percurso Maputo/Beira/Maputo é de cerca de 2400 quilómetros, distância que o motorista é obrigado a fazer quase sem descanso. (Notícias, 07/02/01)


Passaram 80 dias e ainda não se sabe quem matou Carlos Cardoso

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Bebés siameses estão em Maputo e têm casa

O Ministério da Mulher e Coordenação da Acção Social definiu algumas prioridades para os irmãos gémeos que nasceram siameses e que já estão em Maputo, cerca de ano e meio depois da operação que os separou em Portugal. A família já está reunificada pois o pai das crianças que vivia em Lichinga, província de Niassa, viajou para Maputo onde juntou-se com a esposa e os filhos numa casa oferecida pelo Governo.

Refira-se que chegados ao país, idos de Portugal, os gémeos José e Helena foram alojados provisoriamente na pediatria do Hospital Central de Maputo, onde beneficiavam de alguma assistência. Os irmãos nasceram em 1998, na província de Niassa, ligados pelo abdómen e pela bacia. Viveram assim durante 17 meses, até a operação que os separou em Portugal, dirigida pelo Dr. Gentil Martins. (Notícias, 08/02/01)


Corvo indiano: o terror da Ilha da Inhaca

O número de corvos indianos na Ilha da Inhaca está a aumentar, uma vez esgotados os fundos destinados ao controlo da ave, que constitui um grande incómodo para a população local e turistas. Trata-se de uma espécie de corvo de características especiais e hábitos invulgares e que, segundo os moradores, "é capaz de abrir uma torneira". É predador, o que põe em perigo as outras espécies da ilha.

No âmbito dos esforços para controlo do corvo indiano foram recolhidos cerca de 6 mil ovos do animal, mercê de um apoio do Hotel Inhaca que disponibilizou 30 milhões de meticais para pagar à população local, 2500 meticais por cada ovo apresentado e 5000 por cada corvo abatido. (Notícias, 08/02/01)


UEM pretende expandir Estação de Biologia

A Estação de Biologia da Inhaca vai beneficiar, brevemente, de uma expansão de modo a torná-la num Centro de Ciências Marinhas. Para torná-la mais adequado às qualidades exigidas para uma instituição de âmbito regional, mais rentável e atractiva para os cientistas, estudantes e investigadores está prevista a construção de novos edifícios.

A estação completou 50 anos de existência. Cerca de um terço da Ilha da Inhaca, é constituída por reservas, situação que muitas vezes, resulta em conflitos porque a população não tem meios alternativos de sobrevivência. Por isso, estão em estudo mecanismos que possibilitem à população usufruir dos benefícios financeiros directos resultantes da exploração turística dos recursos. (Notícias, 05/02/01)

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