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Ano 03 - Edição 15 - 23 de Abril de 2001
 

SOCIEDADE


 
Cheias causaram mais de 100 óbitos

Segundo o último balanço do Governo, as cheias que desde Janeiro último afectam o centro do país, já causaram 109 mortos reportados e deslocaram cerca de 300 mil pessoas. Do número total de óbitos, 71 ocorreram na província da Zambézia, 28 em Tete, seis em Sofala e 4 em Manica. Dentre as causas das mortes apontam-se o desabamento das casas, afogamento, naufrágio de barcos, electrocussão, acidentes de viação e vítimas de crocodilos.

Em apoio às vítimas das cheias, os trabalhadores do Hospital José Macamo, em Maputo, e os da empresa Electricidade de Moçambique entregam hoje à Cruz Vermelha de Moçambique um donativo composto por roupa e um cheque de 200 milhões de meticais (cerca de 10,5 mil USD). (Notícias, 20/04/01)


CE apoia vítimas das cheias

A Comissão Europeia (CE), através da sua agência humanitária ECHO disponibilizou 2 milhões de euros para o auxílio de emergência às vítimas das cheias nas províncias do centro do país. O financiamento deverá contribuir para alívio das carências de cerca de 80 mil a 150 mil pessoas, na sua maioria deslocadas nas províncias de Tete, Zambézia, Manica e Sofala.

Os fundos serão canalizados para a Acção Contra a Fome, Visão Mundial e Federação Internacional da Cruz Vermelha e as acções que serão implementadas durante um período de seis meses. Este apoio vem adicionar-se a cerca de 10 milhões de euros disponibilizados através da ECHO após as cheias de 2000. (Notícias, 21/04/01)


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Suécia apoia UEM

Os governos da República de Moçambique e do Reino da Suécia rubricaram ontem em Maputo um acordo de cooperação na área de investigação na Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Ao abrigo do acordo, o Reino da Suécia vai disponibilizar cerca de 79 milhões de coroas suecas para o triénio 2001/2003 para a promoção da investigação e desenvolvimento da capacitação institucional na UEM.

A cooperação entre os dois países desenrola-se com base no memorando de entendimento assinado em 1997, que preconiza a transição da assistência aos programas de Educação, Cultura, estradas, energia, administração pública, apoio descentralizado à província de Niassa, democracia, desminagem, desenvolvimento rural e apoio macro-económico. (Notícias, 21/04/01)


Instituto do Coração opera os primeiros pacientes

Dez pacientes cardiovasculares moçambicanos, pertencentes a famílias carentes foram submetidos em Maputo, no Instituto do Coração (ICOR), à intervenções cirúrgicas no coração. Daqueles pacientes, três perderam a vida devido a complicações respiratórias e insuficiências cardíacas. O funcionamento oficial e pleno do ICOR deverá iniciar em Junho próximo.

Nove dos pacientes foram submetidos à operação do coração aberto e outro a do coração fechado. As operações, que decorreram pela primeira vez no país, foram realizadas entre os dias 3 e 17 do mês em curso por uma equipa médica constituída por seis especialistas. Moçambique, com 18 milhões de habitantes, tem cerca 150 mil crianças com doenças cardiovasculares. (Notícias, 20/04/04)


Secretário-Geral da PGR ameaçado de morte

O Secretário-Geral da Procuradoria Geral da República (PGR), Orlando Generoso, foi ameaçado de morte por três indivíduos armados, que apoderaram-se da sua viatura e de outros bens. Na circunstâncias, os malfeitores disseram ao SG da PGR que faziam aquilo a mando de alguém e que voltariam a procurá-lo. (Notícias, 20/04/04)


Polícia prossegue com as "torturas" em Maputo

A Polícia continua a "atormentar" os cidadãos na cidade de Maputo sob alegação de que está à procura de malfeitores. Para as alegadas operações de "vasculha" esta utiliza todos os meios ao seu dispor tais como carros blindados, cães, entre outros. A Polícia, no lugar de procurar malfeitores nas "barracas" e outros potenciais lugares frequentados por estes, espanca e detém cidadãos sem os exigir alguma identificação. A capital moçambicana está a viver uma espécie de "recolher obrigatório".

Muitos estudantes do curso nocturno são obrigados a abandonarem a escola mais cedo para não serem alvos das sevícias policiais que começam a partir das 21 horas. Entretanto, o comando da Polícia ao nível da cidade continua a dizer que esta apenas está a agir com excesso de zelo. (Savana, 20/04/2001)


CFM-Norte: Implicados no acidente foram expulsos

Os Caminhos de Ferro de Moçambique na região norte (CFM-Norte) expulsaram e despromoveram os trabalhadores da empresa considerados culpados por um total de cinco acidentes ferroviários ocorridos no primeiro trimestre deste ano no "Corredor de Nacala" que se saldaram em pelo menos 8 mortos e 24 feridos, para além de avultados danos materiais, avaliados em mais de três mil milhões de meticais.

A empresa destaca como causa comum dos cinco acidentes a negligência e o incumprimento do regulamento de exploração por parte das tripulações dos comboios, deficiente qualificação profissional do pessoal, défice no relacionamento intersectorial a nível da Direcção Ferroviário e mau estado da linha férrea nalguns troços. (Notícias, 17/04/01)

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