Até 2010: SIDA vai matar 17% dos professores

Segundo dados divulgados no relatório Nacional de Desenvolvimento Humano, lançado em Maputo, até ao ano 2010, o sector da Educação vai perder 17% do seu pessoal devido ao HIV/SIDA. A mortalidade, associada à doença, vai afectar 9200 professores e 123 gestores seniores, planificadores e administradores. O documento indica que a região centro, que regista os índices mais elevados de prevalência do HIV/SIDA, perderá o maior número de professores em todo o país, cerca de 23%.

A pressão sobre os poucos quadros qualificados no país irá aumentar e, como consequência, eles irão exigir melhores salários, habitação, transporte e outras condições que o sistema de Educação dificilmente poderá satisfazer. Para contornar o dilema, a formação básica de professores deverá aumentar as saídas em 25%. Para repor os professores com grau universitário que irão morrer devido à doença, a formação a este nível deverá ser elevada em 28%.

As estimativas apontam que o ensino primário do primeiro grau (EP1) comportará, em 2010, menos 13% de crianças do que seria num cenário normal. Actualmente, aquele nível de ensino comporta 87,9% dos 26 milhões de alunos de todo o sistema. (Notícias, 14/06/01)

Morreu presidente da Kindlimuka

Morreu, vítima de doença, Adriano Rostino Matsinhe, membro fundador e presidente da associação Kindlimuka, que congrega pessoas vivendo com HIV/SIDA e seus simpatizantes. Matsinhe, 30 anos de idade, ascendera à presidência da "Kindlimuka" em Agosto do ano transacto, na sequência da morte, vítima de SIDA, de Salvador Mazive, primeiro presidente da Associação e primeiro moçambicano a declarar-se publicamente portador do vírus HIV/SIDA. Matsinhe deixa viúva e 4 filhos. (Notícias, 12/06/01)

Caçadores de rinocerontes sequestrados pela SAPF

A Polícia da República de Moçambique (PRM) afirma que o "sequestro", em território nacional, de sete cidadãos moçambicanos pela Polícia sul-africana, foi uma operação coordenada entre as duas corporações. Aqueles moçambicanos, alegadamente caçadores furtivos, foram detidos devido ao facto de terem abatido um rinoceronte na Reserva de Kruger Park, África do Sul. A Polícia acrescenta que os sete encontram-se sob custódia policial no distrito fronteiriço da Namaacha.

A PRM afirma que a operação está coberta por um acordo existente entre as polícias de Moçambique, África do Sul e Suazilândia, visando a prevenção e combate de crimes violentos nos três países. Durante a operação foram apreendidas duas armas de fogo, peles e chifres de rinocerontes e instrumentos contundentes.

O Alto-Comissariado da África do Sul em Maputo nega que a Polícia do seu país tenha sequestrado cidadãos moçambicanos para além de que considera que a operação não foi realizada à revelia das autoridades nacionais. (Notícias, 16/06/01)

Dois feridos num ataque contra autocarro

Assaltantes armados atacaram, no distrito de Báruè, província de Manica, um autocarro da empresa TSL, que fazia o trajecto Tête-Beira. Os assaltantes tinham colocado objectos na estrada numa tentativa de fazer parar o autocarro, mas o motorista acelerou e avançou. Os tiros dos malfeitores partiram os vidros do machibombo e causaram ferimentos graves em dois passageiros. (Notícias, RM 13/06/01)

MISAU: incentivos para trabalhar nas zonas rurais

O Ministério da Saúde (MISAU) projecta introduzir incentivos para encorajar técnicos do sector a trabalharem nas zonas rurais do país segundo o plano estratégico elaborado pelo Ministério.

Os incentivos deverão contemplar o alojamento, subsídios suplementares e outros que possam contribuir para uma melhor instalação e desempenho dos técnicos, a bem das populações rurais. O MISAU tem tido enormes dificuldades no enquadramento e na colocação de técnicos, que geralmente não aceitam trabalhar nas zonas rurais. (AIM 11/06/01)

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