Alfândegas desfalcadas em 600 milhões MT

A Direcção Nacional das Alfândegas (DNA) anunciou, 5ª feira última, que o montante envolvido na fraude detectada no seu Departamento de Administração e Finanças (DAF) é de 600 milhões de meticais, cerca de 35 mil USD, e que os dois funcionários da instituição se encontram suspensos das suas funções, em conexão com o caso, já entregue à Polícia. No entanto, a DNA considera sem nenhuma base as informações postas a circular nos últimos dias pela comunicação social, segundo as quais o montante envolvido na fraude atinge os dois milhões USD. Segundo a DNA, a fraude consistiu na falsificação de um cheque passado em nome do Banco de Moçambique, preparado com a finalidade de reembolsar o fundo de pequena caixa no DAF.

O referido cheque tinha um valor facial de cem milhões de meticais mas, depois de assinado, o algarismo o "1" foi alterado para "7", tendo em extensão a palavra "cem" sido alterada para "setecentos". "Nesta base, o banco fez um pagamento de setecentos milhões de MT, dos quais apenas cem milhões foram reembolsados ao fundo de pequena caixa do DAF. Subsequentemente o extracto bancário que apresentava o levantamento dos 700 milhões foi interceptado e, no seu lugar, preparado e entregue ao DAF, um extracto falso que apresentava o montante de cem milhões MT. A fraude foi detectada pelos gestores durante uma operação rotineira de controlo das transacções financeiras." (Notícias, 14/10/00)

Renamo regressa ao Parlamento e protesta o primeiro ponto de agenda

O plenário da Assembleia da República, que ontem iniciou os trabalhos da sua 3ª sessão ordinária, não chegou a consenso no que respeita à agenda de trabalho submetida à apreciação dos deputados pela Comissão Permanente. Em causa está o primeiro ponto da agenda, que versa sobre a apreciação da proposta de Revisão do Regimento Interno da AR. A Renamo-UE defende a retirada deste ponto da agenda da presente sessão alegando que a proposta em alusão foi submetida ao plenário fora dos prazos legais previstos para o efeito.

Devido a esta situação, a deliberação em torno da agenda foi adiada para a próxima terça-feira, dia em que o plenário da AR volta a reunir-se para prosseguir com os trabalhos. Ao regressar aos debates na AR a Renamo põe fim ao boicote que vinha implementando nesta legislatura para protestar os resultados eleitorais de Dezembro último. A bancada diz que é apenas uma mudança de estratégia, optando para já no recurso às manifestações públicas. (Notícias, 14/10/00)

Moçambique levanta embargo à carne sul-africana

Foi levantado na passada 3a feira o embargo à entrada da carne sul-africana que vinha sendo imposto desde 18 de Setembro último na sequência da ocorrência da febre aftosa, uma doença que se pode transmitir através de bovinos, caprinos, suínos, seus subprodutos e subprodutos derivados. O levantamento do embargo surge depois da Direcção Nacional de Pecuária (DNP) se ter certificado de que os serviços congéneres da África do Sul tinham tomado devidas medidas para controlar a situação em Kwazulo-Natal, região onde a doença foi detectada.

Mesmo com o levantamento decretado, continua proibida a entrada do produto cuja proveniência é Kwazulo-Natal, tanto é que na própria África do Sul, as autoridades têm instalado um sistema de controlo interno. Na África do Sul foram descobertos, a 12 de Setembro passado, 600 porcos infectados com a febre aftosa, tendo se presumido que a primeira infecção tenha ocorrido a 7 de Setembro. A área afectada pela enfermidade foi fechada ao trânsito de animais e pessoas num raio de 30 quilómetros, tendo sido abatidos e enterrados os animais infectadas. (Notícias, 14/10/00)

Notícias de ontem (13 de Outubro):

Dhlakama deu ordens para matar, diz o PR
- Dhlakama quer comissão de inquérito (metical)

Começou terceira sessão do Parlamento

Prevê-se época chuvosa normal, mas pode haver inundações

Rádio Moçambique ganha prémio por abordar questões de género