Segundo encontro Chissano/Dhlakama não traz novidades A conferência de imprensa após o segundo encontro entre Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama, que teve lugar ontem na sede da Assembleia da República em Maputo, deixou claro que as partes continuam divididas. Os principais pontos de divergência são a nomeação de governadores da Renamo nas seis províncias onde esta obteve a maioria dos votos nas eleições gerais de 1999 e a convocação de eleições antecipadas. Sobre a nomeação de governadores indicados pela Renamo, Chissano disse que isso poderia provocar novos problemas e carece de base legal, uma vez que a Constituição não prevê eleições de governadores. A Renamo insiste que haja já a nomeação de governadores por ela indicados. Chissano aceita apenas o princípio de consulta. Dhlakama afirmou que "o país está doente", insistiu que houve fraude nas eleições de 1999 e que o último recurso seria a convocação de eleições antecipadas. As duas questões serão analisadas pelos grupos de trabalho criados para o efeito. Os grupos vão iniciar as suas actividades a 19 de Fevereiro próximo e deverão apresentar o seu relatório final até 15 de Março. Um novo encontro entre Chissano e Dhlakama terá lugar após a apresentação deste relatório. O Presidente da República afirmou que os membros destes grupos não irão auferir nenhum salário ou subsídio. (Notícias, 18/01/10) notícia de 21/12/00: Poderá haver governadores da Renamo o texto do comunicado final do encontro anterior (no site do Governo) Em Maputo: Portagem abriu sem manifestações Abriu ontem às 11 horas, uma hora antes do previsto, a Praça de Portagem entre Maputo e Matola, a segunda em território moçambicano ao longo da auto-estrada Maputo-Witbank (N4). Não se registaram as anunciadas manifestações de repúdio dos transportadores semi-colectivos de passageiros e grupos de cidadãos da Matola. Moradores das proximidades da portagem acusam a TRAC, concessionária da N4, de estragos provocados nas suas casas com a construção de sistemas de saneamento de águas pluviais. O Governo reuniu-se ontem com os residentes da Matola e com representantes do Município local. No encontro o Governo assegurou que irá responsabilizar-se pela reposição dos danos causados pelo escoamento das águas, faltando apenas a definição de quem se encarregará pela execução das obras. Ao mesmo tempo comprometeu-se a encontrar soluções para as reclamações dos transportadores semi-colectivos de passageiros que operam na rodovia. Entretanto, ainda ontem os operados dos semi-colectivos de passageiros que terão de passar pela portagem anunciaram o aumento das tarifas a partir da próxima semana, caso o Governo e os seus parceiros não apresentem uma solução alternativa para as suas reivindicações. A nova tabela apresentada pelos transportadores à comunicação social, indica que a ligação entre as cidades de Maputo e Matola poderá passar a custar cinco mil meticais (MT), contra os actuais 3 mil MT. (Notícias, 18/01/10) Gurué: Há aumento da produção do chá A empresa Chá de Gurué, na província da Zambézia, privatizada e rebaptizada com o nome Chazeiras de Moçambique, prevê processar na presente campanha cerca 1200 toneladas de chá, o que representará um aumento de mais de 50% em relação à campanha anterior que rendeu 585 toneladas. Fontes da empresa sustentam que desde que a Emochá foi privatizada a favor do Grupo Gulamo, em 1998, a sua produção vem subindo gradualmente devido aos esforços empreendidos pelos novos proprietários, os quais clamam por mais apoios do Governo para a revitalização daquela cultura naquele distrito. Com efeito, dos 2380 hectares de plantações de chá antes abandonadas podaram-se 1230 hectares, o que permitiu o processamento de 285 toneladas na campanha 1998/99, a primeira após a privatização. Com vista a fazer-se face ao aumento da produção, a empresa adquiriu um equipamaneto suplementar cuja chegada ao país está prevista para finais deste mês, num investimento de cerca de 180 mil USD. (Notícias, 18/01/10) Notícias de ontem (17 de Janeiro): Chissano aceita encontro na AR |