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Notícias do dia 30 de Junho 2001

Défice de cereais na SADC pode ser bom para Moçambique

Os ministros da Agricultura e Recursos Naturais da SADC, reunidos ontem, em Mbabane, capital da Suazilândia, constataram que a produção de cereais na zona atingiu um défice de cerca de 2,1 milhões de toneladas. Os ministros tiveram a "discrição" de não mencionar em público a queda este ano de pelo menos 28% na produção de cereais no Zimbabwe, devido à instabilidade política nesse país. O encontro de Mbabane destinava-se, entre outros assuntos, a analisar o estágio de implementação do Plano de Acção da organização regional daqueles dois domínios.

Moçambique foi representado no encontro pelo titular do pelouro da Agricultura, Hélder Muteia, que disse que o país pode tirar vantagens comparativas da situação da falta de cereais na região para colocar no mercado regional produtos agrícolas como milho e arroz. Moçambique espera produzir na presente campanha agrícola cerca de 1,7 milhão de toneladas de cereais e é o único país da SADC que está a registar uma subida na produção de cereais, apesar das cheias que nos últimos dois anos assolaram o país. (Notícias, 30/06/01)
 

Todos os anos:
Centenas de crianças vítimas de abuso sexual

Pelo menos duzentas crianças com idades compreendidas entre 8 e 14 anos dão entrada por ano no Hospital Central do Maputo com lesões resultantes de violação sexual, disse Anabela Ratilal, psicóloga afecta à Pediatria daquele hospital. Tratando-se apenas dos casos em que os pais participam a violação nas esquadras e encaminham as crianças ao hospital, este dado não espelha o número real de vítimas de violação sexual.

Esta informação foi dada no âmbito de um encontro de peritos de África Austral sobre a problemática do abuso sexual de crianças que teve lugar em Maputo. O encontro tinha por objectivo pressionar os governos e legisladores, bem como alertar a sociedade civil para o problema. No encontro participaram representantes de organizações não governamentais e instituições do Zimbabwe, África do Sul e Moçambique. A questão do abuso sexual começou a ser debatida abertamente em Moçambique a partir de 1998. (Notícias, 30/06/01)
 

Gasolineiras congregam-se em associação

Foi lançada oficialmente esta semana, em Maputo, a Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas (AMEPETROL), constituída pela Petromoc, BP, Mobil, Total, Petrogal, Moçacor, Shell, Engen, Caltex e Imopetro. A associação tem por objectivo "debater os problemas da indústria petrolífera com o Governo e parceiros económicos, bem como a apresentação de ideias e projectos para a evolução do sector em Moçambique".

Com efeito, aquelas empresas apresentaram as suas preocupações relativamente ao agravamento dos seus custos de operação, como resultado da depreciação do metical. A AMEPETROL indica que existe a possibilidade de chegar a um acordo com o Governo para a fixação de um câmbio fixo para a compra do combustível. Por outro lado, julga que o Governo pode comprar o combustível no mercado internacional e revender às petroleiras em meticais. (Notícias, 30/06/01)
 

Barlows e EDM "em pé de guerra"
Inhambane continua às escuras

A empresa sul-africana "Barlows", que forneceu o alternador à Electricidade de Moçambique em Inhambane, não se entende com o seu cliente sobre as causas que ditaram a explosão do seu equipamento, ora instalado num grupo gerador da central da cidade de Inhambane, 15 dias depois da ocorrência deste acidente. O alternador em causa foi instalado há sensivelmente um mês, para substituir outro que se danificou de maneira semelhante.

A "Barlows" não concorda com os argumentos que encontrou no terreno, sob alegação de se tratar de material que está em circulação no mercado, sendo, por isso, estranha a explosão. Face ao impasse, a explicação da origem da avaria só será encontrada depois do exame do equipamento a ser feito em Maputo ou na África do Sul, por consultor independente contratado para o efeito. Enquanto se desenrola o imbróglio, Inhambane é uma capital às escuras. (Notícias, 30/06/01)

Leia a notícia de 19 de Junho:
Inhambane de novo às escuras
 

Alfândegas destroem mil volumes de cigarros

As Alfândegas de Moçambique destruíram 971 volumes de cigarros de marca "Peter Stuyvesant" no bairro da Munhava, na cidade da Beira. O produto, segundo um comunicado de imprensa das Alfândegas, era proveniente de Singapura e tinha sido declarado como estando em trânsito para o Zimbabwe. O comunicado refere que os cigarros eram de marcas "contrafeitas" e tinha como consignatário uma fictícia empresa denominada "Meltaz Zimbabwe". A operação de destruição teve lugar na primeira semana de Junho e durou quatro dias. (AIM 29/06/01)
 

Pai e filho Couto lançam livros em simultâneo

Pai e filho Couto lançaram no mesmo dia e no mesmo local os seus respectivos livros. Pelo que se saiba, esta foi a primeira vez na história da literatura moçambicana que pai e filho lançam conjuntamente obras literárias, razão pela qual a cerimónia, que teve lugar em Maputo na noite de quinta-feira, foi bastante concorrida. Fernando Couto (o pai) lançou o seu livro "Os Olhos Deslubrados" e Mia (o filho) lançou "Na Berma de Nenhuma Estrada" (AIM 29/06/01)
 

Notícias de ontem (29 de Junho):

Busca e preservação da paz: Moçambique poderá partilhar experiência
Japão concede ao país 26 milhões USD
TEBA reergue-se hoje em Maputo
Governo português condecora embaixador moçambicano
Sporting de Portugal e LCP apoiam vítimas da cheias


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