Delegação do CPJ conclui: Oito meses após a morte do jornalista Carlos Cardoso, as redacções moçambicanas foram "invadidas" por uma atmosfera de medo. Muitos jornalistas têm receio de cobrir temas sensíveis, particularmente aqueles que envolvem corrupção. Apesar de todas as entidades do Governo e do Estado mostrarem um "firme cometimento" pela liberdade de imprensa, os jornalistas têm uma visão diferente. Embora não exista censura, os jornalistas aplicam muitas vezes auto-censura. Estas constatações foram feitas por uma delegação do Comité de Protecção dos Jornalistas (CPJ) após um trabalho de quatro dias em Maputo. O CPJ disse estar desapontado com este estado das coisas, uma vez que "o CJP e outros organismos que trabalham na área de liberdade de imprensa deram a Moçambique a mais alta credibilidade". A delegação disse que uma das pessoas que quis entrevistar não aceitou o convite por ter recebido ameaças de morte. Várias outras cancelaram os seus encontros à última hora. Referindo-se ao processo criminal por difamação, colocado por Nyimpine Chissano contra o jornalista Marcelo Mosse, do "Metical", a delegação disse que "difamação" não deve ser vista ou tratada como crime, como acontece na legislação moçambicana, mas apenas como matéria cível. O CPJ disse ter levantado esta questão com todas as autoridades com quem falou, fazendo notar que a acção em tribunal, por se tratar do filho do Presidente da República é, só por si, um facto intimidatório. (MOL, metical, 19/07/01) Leia o texto do comunicado de imprensa da delegação no website do CPJ Apesar das obras inacabadas: No final da sua visita à província de Inhambane o Presidente Joaquim Chissano inaugurou ontem o serviço de telefonia móvel mCel, que irá beneficiar numa primeira fase as cidades de Maxixe e Inhambane, dado que as obras da instalação da rede ainda não terminaram. Chissano inaugurou também, na quarta-feira, o sistema de abastecimento de energia eléctrica de Nova Mambone, constituído por uma central a gás, visitou o local onde será edificada a estação de gás em Temane, no distrito de Inhassoro, e lançou a primeira pedra para a edificação da Escola de Artes e Ofícios de Inharrime. (Notícias, 19/07/01) Leia a notícia da ontem: Dhlakama está a visitar Manica O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, iniciou ontem uma visita de trabalho de quatro dias à província de Manica, durante a qual
deverá escalar os distritos de Machaze e Mossurize, a cidade de Chimoio e o distrito de Tambara. Nestes locais Dhlakama, cuja visita deverá terminar na próxima
segunda-feira, vai orientar comícios populares. (Notícias, 19/07/01) CNN doa 2 milhões USD para combate a SIDA A cadeia televisiva norte-americana CNN disponibilizou recentemente dois milhões de dólares para o programa de combate ao HIV/SIDA na
província da Zambézia. O montante será usado na aquisição de equipamentos necessários para programas de disseminação de
informação relativa à prevenção daquela pandemia. (Notícias, 20/07/01) China financia desminagem em Moçambique A República Popular da China doou, esta semana, às Forças Armadas de Moçambique diverso material de protecção do pessoal e "kits" para a desminagem. O equipamento é avaliado em cerca de 150 mil USD. Com efeito, recentemente seis militares moçambicanos participaram num programa de treino em desminagem na China. No quadro da cooperação entre os dois países, a China está a financiar com 7 milhões USD a construção de
um bairro militar em Maputo, destinado aos quadros superiores das Forças Armadas de Defesa de Moçambique. (Notícias, 19/07/01) Notícias de ontem (19 de Julho): É necessário um bilião USD para relançar mineração do carvão |