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Notícias do dia 8 de Agosto 2001

ABSA ganha concurso da reprivatização do Banco Austral

O Amalgamated Banks of South Africa (ABSA) venceu o concurso para a reprivatização e recapitalização do Banco Austral em virtude de ter satisfeito as condições exigidas pelo Governo no seu caderno de encargos. Com efeito, o ABSA, um dos quatro bancos mais importantes da África do Sul, vai assumir em parceria com o Estado a gestão do Banco Austral, detendo 80% das acções. Na próxima segunda-feira uma equipa daquele banco vai visitar alguns balcões do Banco Austral para avaliar no terreno os dados fornecidos pelo Governo.

Aquela instituição concorria para o efeito com o Banco Comercial e de Investimentos, cujo capital social está repartido em 60% para a Caixa Geral de Depósitos de Portugal e 40% para o grupo financeiro moçambicano SCI. Entretanto, o Governo descarta a hipótese de ter optado pelo ABSA para diversificar o sistema financeiro nacional, dominado por interesses do capital português. Na semana passada o Primeiro-Ministro, Pascoal Mocumbi, afirmou que o Executivo pretende que até Outubro próximo esteja concluído o processo de reprivatização do "Austral". Refira-se que este banco sofreu, no ano 2000, um prejuízo estimado em 1 400 milhões de contos. (TVM, 07/08/01)

Leia também as notícias
da semana passada: Governo ainda não anunciou vencedor do concurso
de 9 de Junho: Banco Austral: Resultado negativo de 1 400 milhões de contos
 

CFM-Sul:
Grevistas obstroem linhas férreas

Os trabalhadores dos Caminhos de Ferro de Moçambiqe-Sul, que paralisaram as suas actividades na segunda-feira última, montaram barricadas na principal via férrea que permite a entrada e saída de comboios da única central ferroviária do país. Paralisaram um navio de carga, vários serviços, o sistema de abastecimento dos comboios e desmontaram travessas para descarrilar os comboios, numa operação apoiada pelas populações residentes ao longo da linha férrea. Os técnicos da empresa, que não aderiram ao movimento, levaram cerca de duas horas para desbloquear e operacionalizar a linha mas os "insurrectos" reergueram as barricadas, dificultando o manuseamento de carga proveniente da África do Sul e do Zimbabwe.

Os trabalhadores reivindicam um aumento do salário mínimo para 2 milhões de Mts para o grupo I da tabela salarial da empresa, subsídios de férias correspondentes a um mês de salário, um subsídio de alimentação correspondente a uma "refeição condigna", a actualização do bónus de família, subsídios de transporte de renda de casa, bónus de família, garantia de serviços fúnebres, entre outras regalias. Os trabalhadores afirmam que este caderno de reivindicações nunca foi apresentado à direcção da empresas pelos dirigentes de SINPOCAF, o sindicato dos trabalhadores ferro-portuários.

O SINPOCAF, por sua vez, distancia-se da greve e acusa os trabalhadores reivindicadores de não passarem de "um grupo de agitadores". Sindicato e patronato concordam em considerar a greve de "ilegal". A direcção da empresa afirma que está disposta a dialogar com representantes dos trabalhadores mas estes temem represálias. OS CFM empregam cerca de 18 mil trabalhadores, mas o programa de restruturação da empesa, apoiado pelo Banco Mundial, exige a redução da força laboral a menos que 7000. Nesta situação, todos os trabalhadores podem ser considerados excedentários e ser desvinculados, como já aconteceu a quatro trabalhadores que participaram na elaboração do caderno reivindicativo. (TVM, Notícias, metical 08/08/01)

Leia também as notícias de
ontem: Trabalhadores dos CFM-Sul em greve; sindicatos aliam-se a patronato
9 de Abril: CFM estão a despedir mais de 11 mil trabalhadores
 

Já é permitido importar veículos com mais de 5 anos

O Governo eliminou os regimes restritivos de importações de veículos usados, estabelecidos pelo Decreto nº 30/99, ao aprovar outro decreto que altera as Inscrições Preliminares da Pauta Aduaneira. Com a medida pretende-se simplificar os procedimentos de importação de viaturas em segunda mão com mais de cinco anos, a importação temporária de viaturas, bem como a importação de viaturas por cidadãos que tenham permanecido no estrangeiro por tempo superior a um ano.

O Governo afirma que pretende também facilitar a alienação de viaturas importadas com isenção de imposições aduaneiras. Segundo o Primeiro-Ministro, Pascoal Mocumbi, as medidas resultam da "pressão" exercida pelos moçambicanos que trabalham no exterior e querem trazer para o país os seus meios de transporte ou que pretendem adquiri-los num mercado que é mais competitivo. (Notícias, 08/08/01)
 

Notícias de ontem (7 de Agosto):

Trabalhadores dos CFM-Sul em greve; sindicatos aliam-se a patronato
Necessários 300 mil USD para assistir camponeses
Standard Totta teve 97 milhões de contos de lucro


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