Greve adiada na "Cahora Bassa" O Comité Sindical dos trabalhadores da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (CS-HCB), na província de Tete, decidiu, na segunda-feira última, suspender a convocação da greve inicialmente marcada para aquela data. A medida visa dar lugar a uma solução negociada da crise laboral que abala aquele empreendimento. Segundo Sérgio Ferrão, secretário do CS-HCB, há um compromisso assumido com o patronato de procurar uma solução pacífica até ao próximo dia 12 de Setembro. O recuo resulta, em parte, da intervenção da Direcção Provincial de Trabalho de Tete, que desde a última sexta-feira tem vindo a trabalhar com as partes em conflito no sentido de resolver o problema pela via negocial. A principal preocupação dos trabalhadores prende-se com os despedimentos massivos e reformas compulsivas dos trabalhadores. Entretanto, a administração da HCB indica que neste momento não se atravessa nenhuma situação de conflito ou ruptura do diálogo com o CS-HCB, com o qual diz que tem reunido regularmente para a prestação de informação sobre o processo de restruturação em curso na empresa. (Notícias, 05/09/01) Leia também a notícia da segunda-feira: Ex-edifício da embaixada da China: O grupo hoteleiro VIP venceu o concurso público lançado pelo governo para alienação do imóvel onde em tempos funcionou a embaixada da República Popular da China, em Maputo. O grupo VIP venceu o concurso em virtude de ter apresentado a melhor proposta - pagamento de 1,5 milhão USD pelo imóvel de 14 andares, numa única tranche - contrariamente às outros 6 concorrentes. A Sociedade do Comércio Internacional de Bens e Serviços (SOTUX) - empresa conotada com a família Chissano - que submeteu uma proposta de 1,75 milhão USD, foi preterida porque pretendia pagar em dois anos. Entretanto, o VIP tem apenas 30 dias para proceder à liquidação do valor da compra. Caso contrário, o governo entrega o imóvel à SOTUX. Refira-se que o edifício havia sido ocupado, nos princípios do presente ano, por um grupo de jovens da cidade de Maputo, que se queixavam de falta de residências, quando ainda existem imóveis que não estão a ser indevidamente aproveitados na cidade. (Notícias, 05/09/01) Leia também a notícia de 4 de Abril: Ministério da Defesa: O vice-ministro da Defesa Nacional, Henrique Banze, afirmou ontem em Maputo que o estatuto militar actualmente vigente no país não prevê o pagamento de subsídios e/ou indemnizações para soldados desmobilizados das Forças Armadas da Defesa de Moçambique (FADM), no quadro do cumprimento do serviço militar. Banze reagiu às reclamações de um grupo de desmobilizados do Exército que, no fim-de-semana último, interrompeu, em Manica, a viagem de regresso às origens, depois de ter cumprido o serviço militar. O grupo queixa-se de ter sido abandonado em pleno regresso a casa e de não ter recebido os seis meses de indemnização a que julga ter direito. De acordo com o vice-ministro, os ex-soldados estão enganados a pensarem que se aplicam a eles os acordos de paz, que determinavam que os
desmobilizados, quer governamentais, quer da Renamo, tiveram direito a subsídios. (Notícias, 05/09/01) Reparação das crateras na "Julius Nyerere": O Município de Maputo já investiu 6 milhões USD em trabalhos de reabilitação da avenida Julius Nyerere, onde a erosão de solos provocou a destruição de pelo menos 1,2 km de extensão da estrada e causou grandes danos nos sistemas de fornecimento de água e de energia eléctrica. Entretanto, a edilidade estima em 8 milhões USD o montante necessário para concluir o projecto de reparação da avenida, uma das maiores e mais importantes da cidade. Com efeito, o presidente Joaquim Chissano, que ontem cumpriu o segundo dia de visita de trabalho que efectua à cidade de Maputo, considera que os avultados investimentos realizados na reparação dos estragos não teriam sido aplicados se não fosse a enorme pressão demográfica sobre o solo urbano da capital. De facto, em Maputo as construções cresceram de forma desordenada nos últimos anos, fazendo com que as águas pluviais não tenham caminhos por onde passar em direcção ao mar. No prosseguimento da sua visita, Chissano visitou o mercado de Xipamanine, onde orientou um comício e revelou que aquele centro comercial
será reabilitado pela Agência Francesa para o Desenvolvimento, que vai despender cerca de 4 milhões USD. Aquele mercado, que ocupa uma área de 2,7 hectares, tem
6 600 instalações de venda e uma população de 7 mil vendedores. Rende diariamente cerca de 9 milhões de meticais no negócio formal e perto
de 11 milhões no sector informal. (Notícias e TVM, 05/09/01) Notícias de ontem (4 de Setembro): Com apoio do governo: Transportes públicos mantém a tarifa |