Moçambique on-line

Notícias do dia 14 de Setembro 2001

No primeiro semestre:
Economia cresceu em 15%

A ministra do Plano e Finanças, Luisa Diogo, afirmou ontem em Maputo que, apesar do impacto negativo das cheias, a economia nacional cresceu a dois dígitos, no primeiro semestre deste ano. Com efeito, a produção total cresceu em 14,9% no período em alusão, contra os 2,9% registados em igual período do ano passado. No entanto, grande parte deste crescimento deve-se ao início da produção de alumínio pela fábrica Mozal. Sem considerar a Mozal, a aumento teria sido de cerca de 10%.

No período em alusão, as exportações atingiram 307 milhões USD. O lingote de alumínio, com um rendimento de cerca de 186 milhões USD (o que corresponde a mais que 60% do total), foi o produto mais exportado, seguido do camarão com 37 milhões USD, electricidade (29 milhões USD), algodão (8 milhões USD) e madeira (3 milhões USD).

A moeda nacional, o Metical, conheceu uma depreciação acentuada, atingindo em Junho último um valor acumulado de 25,4%. A inflação acumulada foi de 5,1% em Junho, mas deve já ter atingido os 9% em Agosto. (Notícias, 14/09/01)

Leia também a notícia de 4 de Julho:
Crescem as exportações
 

Fome ameaça 369 mil pessoas em todo o país

Cerca de 369 mil pessoas estão em risco de passar fome, caso não haja uma intervenção urgente nos próximos dois meses. Este universo localiza-se em 36 distritos das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Manica e Tete, afectadas, nas últimas duas campanhas agrícolas, por situações de cheias e estiagens.

Nestas regiões, os resultados da segunda época foram fracos, principalmente das famílias camponesas que ainda se encontram na fase de recuperação pós-emergência. Ontem a missão de avaliação da disponibilidade de alimentos apresentou, aos membros do conselho técnico de gestão de calamidades, das agências da ONU e ONG's, o relatório preliminar sobre a situação. (Notícias, 14/09/01)

Leia também a notícia de 20 de Agosto:
Fome espreita vários distritos do país
 

Energia eléctrica 20% mais cara...

A Electricidade de Moçambique aprovou uma alteração das tarifas de energia eléctrica em cerca de 20%, com efeitos a partir de 1 de Setembro. A actualização das tarifas resulta da acentuada depreciação do metical em relação ao dólar. Por outro lado, a medida visa assegurar a "expansão da rede de distribuição e elevar a qualidade de serviço prestado ao público consumidor".

Assim, por exemplo, na tarifa doméstica em baixa tensão - consumos situados entre 0 e 85 kWh - a kWh custa 782 MT, contra os anteriores 652 MT. Na chamada tarifa social - consumos entre abaixo de 50 kWh - o preço por kWh subiu de 602 MT para 722 MT. Para as tarifas gerais - aquelas praticadas para instalação de serviços geradores de rendimento - a tarifa é de 1 018 MT por kWh. No sistema pré-pago em baixa tensão - CREDELEC - o preço mínimo é de 1 164 Mt por kWh. O último reajustamento das tarifas de energia eléctrica ocorreu em Agosto do ano passado. (Notícias, 14/09/01)
 

... mas os preços de combustíveis baixaram

Entrou em vigor hoje uma nova tabela de preços de combustíveis líquidos. Assim, o litro de gasolina, que custava 11 320 MT, passa a custar 9 500 MT, uma redução na ordem dos 16%. O litro de petróleo de iluminação baixou de 6 760 MT para 6 330 MT e o de gasóleo conheceu uma diminuição de 5,5%, passando a custar 8 940 MT, contra os anteriores 9 460 MT. O preço do gás doméstico baixou de 13 154,30 MT para 12 293,20 MT o kg.

Os preços acima mencionados são os preços máximos a praticar nos postos de venda e de abastecimento de combustíveis situados nas cidades de Maputo, Matola, Beira e Nacala. Nas vendas a efectuar em outras localidades, as empresas distribuidoras podem acrescer aos preços ora fixados os custos de transporte. A última revisão dos preços do combustível tinha sido efectuada a 17 de Julho último. (Notícias, 14/09/01)
 

Leia também a notícia de 18 de Julho:
Preços de combustíveis agravados pela terceira vez
 

Na cidade da Beira:
Criança morre ao cair numa sarjeta

Julinha António, uma menor de três anos de idade, perdeu a vida na segunda-feira passada, na cidade da Beira, ao cair numa sarjeta. O incidente deu-se por volta das 18 horas, quando a menor, que caminhava sobre o passeio, se precipitou para o fundo do esgoto, através da caixa de inspecção que se encontrava sem a respectiva tampa. A menor estava na companhia da sua mãe e de uma irmã mais velha.

De acordo com a mãe da menina, o local estava mal iluminado, pelo que não era possível ver o buraco. Os beirenses criticam a passividade dos bombeiros que são meros espectadores, enquanto as tentativas de resgatar o corpo da miúda foram sendo organizadas solidariamente pelos citadinos. Refira-se que em todas as cidades do país muitos dos esgotos não têm tampas e não é evidente a vontade das estruturas municipais em reverter o perigo. (RM, TVM 12 e 13/09/01)
 

Notícias de ontem (13 de Setembro):

Renamo adia congresso; Raul Domingos não volta à Renamo
Mais um acidente na EN1 mata 11
Regressados da ex-RDA: Governo ordena "triagem" caso a caso
SADC busca consensos para sanar crise do Zimbabwe
Ministro do Ambiente e parceiros expulsam pobres das suas terras


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