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Notícias do dia 18 de Julho 2001

Em Nacala:
BP reprova obras de reparação do oleoduto

Apesar da conclusão, no último fim-de-semana, da reabilitação do oleoduto que liga o porto de Nacala aos reservatórios da empresa PETROMOC em Nampula, a crise de combustível continua no norte do país, porque a BP sul-africana, fornecedora do combustível distribuído naquela zona, reprovou a obra. A empresa petrolífera considera que a conduta ainda não reúne as condições necessárias de segurança para um escoamento fiável de combustível. Estão a ser envidados esforços com vista à correcção da situação.

Neste momento, a PETROMOC está a assegurar o abastecimento às cidades de Quelimane, Nacala e Pemba, através de um navio de pequena tonelagem e camiões cisterna a partir das cidades da Beira e Maputo. Refira-se que nos últimos meses o oleoduto de Nacala foi vandalizado até ao extremo de tornar perigoso o descarregamento do combustível. (Notícias, 18/07/01)

Leia a notícia de 7 de Julho:
Começou a reparação da tubagem de combustível em Nacala
 

Em menos de dois meses:
Preços de combustíveis agravados pela terceira vez

O Ministério dos Recursos Minerais e Energia anunciou ontem o agravamento dos preços dos combustíveis líquidos. À excepção da gasolina, todos os outros combustíveis sofreram um agravamento de entre 4,9 e 9%. Assim, o litro de gasóleo passa a custar 9 460 mt e o de petróleo de iluminação 6 760 mt, contra os anteriores 8 870 e 6 200 mt por litro, respectivamente. O quilograma do gás doméstico subiu de 12 539 mt para 13 154,30 mt. Esta é a terceira vez, em cerca de dois meses que os preços dos combustíveis são agravados no país. (Notícias, 18/07/01)

Leia a notícia de 16 de Junho:
Preço do combustível sobe pela segunda vez em menos de um mês
 

Na província de Maputo:
ACNUR encerra campo de refugiados

Perto de 37 refugiados foram recentemente transferidos do centro de acolhimento de Massaca para Bobole, província de Maputo, para seguirem para a província de Nampula, no quadro de um processo de confinamento de todos os refugiados legalmente acolhidos em Moçambique num único ponto. Com esta operação o ACNUR indica que está encerrado o campo de Massaca, que até então albergava 84 pessoas.

Arcília Barreto, representante da ACNUR em Moçambique, disse ontem, em Maputo, que os refugiados vão permanecer em Bobole enquanto o seu organismo procura reunir as condições logísticas necessárias para acolhimento do maior número possível na província de Nampula. A concretização deste plano deverá acontecer até ao final do ano e o organismo só deverá manter em funcionamento um centro de recepção e trânsito na região de Lichinga, local por onde continuam a entrar mais refugiados em Moçambique.

Entretanto, dos 84 refugiados que se encontravam em Massaca, 47 não seguiram para Bobole, uma vez que o ACNUR constatou que os mesmos, para além de possuírem casa próprias, já exercem actividades que lhes conferem auto-sustento. Moçambique alberga refugiados oriundos da RDCongo, Angola, Ruanda, Congo-Brazzaville, Ruanda, Burundi, Somália, entre outros países. Calcula-se que existam no país perto de 3 000 refugiados. (Notícias, 18/07/01)

Leia a notícia de 5 de Setembro de 2000:
Em curso actualização dos ficheiros dos refugiados
 

Reforma do sector público:
Moçambique poderá seguir experiência cabo-verdiana

O Ministro da Administração Estatal, José Chichava, disse em Praia, Cabo Verde, que está impressionado com o resultado das reformas no sector da Administração Pública em curso naquele país, sublinhando que Moçambique vai acolher a experiência. Em Cabo Verde, a maior parte dos serviços do Estado, estão ligados "on-line", sendo por isso possível obter informação de qualidade e em quantidade sobre os ministérios e outras instituições nacionais, provinciais, distritais, permitindo uma boa gestão.

Chichava, que é igualmente vice-presidente da Comissão Interministerial da Reforma do Sector Público, acrescentou que este processo simplifica muito os procedimentos, mesmo em termos de um país como Moçambique, onde há necessidade de poupar recursos financeiros. Com efeito, Chichava disse que será preparada uma delegação moçambicana para se deslocar a Cabo Verde para "entender melhor o processo". (Notícias, 18/07/01)

Leia a notícia de 26 de Julho:
Chissano lança Reforma do Sector Público
 

Notícias de ontem (17 de Julho):

Banco Mundial optimista quanto ao desenvolvimento
Parlamento propõe gabinete contra a corrupção
Faleceu Coronel Fernando Matavele
Dhlakama acusa a Frelimo de estar a substituir régulos


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