A partir de 2002:
Ano lectivo mais longo

O Ministro da Educação, Alcido Nguenha, disse ontem em Maputo que o calendário escolar em vigor no país vai ser alterado a partir do próximo ano lectivo, de modo a aumentar o período de presença do aluno na escola e adequá-lo à realidade regional. Moçambique, cujo ano lectivo, até ao ensino médio, decorre de Fevereiro a Outubro, observa o calendário mais curto a nível da região.

Assim, em lugar de se iniciar o ano lectivo em Fevereiro, no próximo ano as aulas deverão iniciar na terceira semana de Janeiro e terminar em Outubro. Por outro lado, será introduzido o regime semestral, em lugar do trimestral, como acontece actualmente.

Entretanto, para o combate à corrupção na Educação o MINED introduziu os chamados "Conselhos de Escola", que devem integrar os pais na organização, planificação e avaliação das actividades escolares. A decisão resulta do reconhecimento do papel "ético e moral muito importante" que a sociedade tem no funcionamento das escolas. (Notícias e TVM, 22/09/01)

Leia também a notícia de quinta-feira passada:
Educação: Alargam-se oportunidades, mas baixa a qualidade
 

Moçambique e Alemanha discutem corrupção

Em princípios do próximo mês terá lugar em Maputo o V Fórum Moçambique-Alemanha, cujo tema para este ano é "Combater a Corrupção - Estratégias Contra um Mal Comum". A organização do evento explicou que "depois de uma análise do fenómeno da corrupção", pretende "apresentar e discutir estratégias nacionais de Moçambique e da Alemanha."

Na reunião serão apresentados resultados de pesquisas actuais sobre tendências e custos económicos da corrupção mundialmente, bem como o resumo das estratégias de combate a este mal pelo Governo da Alemanha. O jurista moçambicano Abdul Carimo, do Grupo Ética Moçambique, vai falar sobre as iniciativas da sociedade civil no combate ao fenómeno. O fórum é da iniciativa da Embaixada da Alemanha e da Fundação Friedrich Ebert. (Notícias, 22/09/01)
 

Em multas aos automobilistas:
Polícia arrecada 3 mil milhões

A cobrança de multas aplicadas aos automobilistas por diversas irregularidades na condução automóvel, rendeu ao Estado perto de três mil milhões de meticais, durante o primeiro semestre do ano em curso. Segundo a Polícia, na cidade de Maputo, neste período foram impostas 4 604 multas, num total de 39 449 viaturas fiscalizadas. As cifras revelam uma subida, quer em termos de receita, quer em termos de fiscalização de viaturas, em cerca de 20% com relação ao ano passado.

As infracções cometidas pelos automobilistas levaram também à apreensão de 1019 cartas de condução. Igualmente 2 060 viaturas foram apreendidas por diversas irregularidades. No período em alusão, excluindo os meses de Maio e Junho, a cidade de Maputo registou um total de 593 acidentes de viação que provocaram a morte. A quantidade de "multas" que foram directamente para as bolsas dos agentes da polícia de trânsito não foi contabilizada... (Notícias, MOL, 22/09/01)
 

No seu 75º aniversário:
Lançado primeiro livro de Noémia de Sousa

Foi lançado quinta-feira a noite, em Maputo, o primeiro livro da poetisa moçambicana Noémia de Sousa, acto que serviu para homenageá-la por ocasião da passagem do seu 75º aniversário natalício. Várias individualidades, entre escritores, jornalistas e amantes da literatura tomaram parte na cerimónia de lançamento do "Sangue Negro", um livro que reúne poemas que Noémia escreveu há mais de 50 anos.

A poetisa e jornalista, que inspirou gerações de "escribas", intelectuais e políticos, não pôde estar presente no acto do lançamento da sua obra, por o seu estado de saúde não a ter permitido deslocar-se de Lisboa, onde reside, para Maputo. Noémia de Sousa sempre se recusou a ver os seus poemas compilados em livro alegando que "não têm interesse, esses poemas já fizeram todo o seu percurso". (AIM, 21/09/01)
 

Notícias de ontem (21 de Setembro):

Meteorologistas reunidos no Malawi: Este ano haverá chuvas normais
Governo disponibiliza 300 mil USD para aquisição de sementes
Por falta de uma indústria local: madeireiros exportam toros de madeira
Jovem violada e assassinada brutalmente em Maputo