Moçambique on-line

Notícias do dia 8 de Outubro 2001

Greve na MOZAL entra no sexto dia

Os trabalhadores da MOZAL observam hoje o sexto dia de paralisação laboral. Os grevistas continuam concentrados na sede do Sindicato, à espera da retomada das negociações com o patronato. José Isac, secretário do Comité Sindical da MOZAL, disse ontem que foi feita uma solicitação à direcção da empresa no sentido da retomada das negociações.

No entanto, a MOZAL notificou hoje 468 grevistas para levantarem as respectivas notas de culpa, junto à fundição em Beloluane, nos arredores de Maputo. Os trabalhadores em greve reclamam um subsídio de turno, de renda de casa, bónus de assistência na educação dos seus filhos, fixação do salário em dólares americanos e a introdução do sistema de carreiras profissionais. (Notícias, 08/10/01)

Leia também a notícia de sábado passado:
Substituição de grevistas prevista em acordos entre Governo e MOZAL
 

9º aniversário do AGP:
Cristãos oraram pela paz

Sob o signo "Justiça, Paz e Reconciliação", cristãos moçambicanos oraram ontem, em Maputo, a favor da preservação da paz no país, "para que ela prevaleça e seja preservada". A missa, realizada por ocasião da passagem do 9o aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) - que se assinalou no passado dia 4 - mobilizou para o pavilhão "Lurdes Mutola" centenas de crentes, "unidos pelos ideais da paz e de bem-estar do povo moçambicano".

Os cristãos apelaram para que sejam eliminadas todas as formas de crime, recolhidas todas as armas nas mãos de "pessoas ilícitas" e identificados e destruídos todos os esconderijos da armas. Refira-se que o Conselho Cristão de Moçambique está a executar um projecto denomidado "Transformar Armas em Enxadas", cujo objectivo é recolher armas e outros artefactos bélicos para a sua posterior destruição. (Notícias, 08/10/01)

Leia também a notícia de quinta-feira passada:
Aniversário dos Acordos de Roma: Estamos em paz há 9 anos
 

Transparência Internacional homenageia Cardoso

A Transparência Internacional distinguiu o jornalista moçambicano Carlos Cardoso a título póstumo pelo seu jornalismo investigativo. Segundo um comunicado de imprensa daquela organização mundial contra a corrupção, Cardoso faz parte dum grupo de quatro pessoas assassinadas no decurso da sua luta contra o crime organizado e corrupção, as quais a organização decidiu distinguir a título póstumo.

A organização indicou que Cardoso "lutou incansavelmente por uma imprensa livre e aberta em Moçambique e dedicou a sua carreira como jornalista à reportagem investigativa". Indicou que, quando foi brutalmente assassinado nas ruas de Maputo, a 22 de Novembro de 2000, ele estava "embrenhado na investigação da maior fráude bancária na história do país (uma referência ao roubo de 144 mil milhões de meticais - o equivalente a 14 milhões de dólares - do maior banco do país, o BCM, em vesperas da sua privatização)". (AIM 07/10/01)

Leia também a notícia de 27 de Setembro:
Carlos Cardoso premiado pelo MISA
 

Em Inhambane:
Criado comité para desenvolvimento rural

O governo da província de Inhambane acaba de criar um Comité Provincial para o Desenvolvimento Rural, com o objectivo de apreciar e aprovar projectos de desenvolvimento a serem identificados nos distritos, bem como operacionalizar a execução dos programas através da assistência técnica, fiscalização, controlo e execução financeira.

A criação deste comité enquadra-se no esforço de luta contra a pobreza absoluta pelo governo de Inhambane. O governo reuniu-se, semana passada, pela primeira vez no distrito de Homoíne, para definir os distritos piloto nos quais será implementado o programa de desenvolvimento rural. Esses distritos são Funhalouro e Mabote, locais onde as condições de vida são bastante precárias.

Todavia, para a execução desses projectos não há fundos. O governo de Inhambane está a negociar junto dos parceiros internacionais, nomeadamente a Irlanda e Alemanha, um financiamento de 250 mil USD, a serem alocado aos 12 distritos durante três anos. (Notícias, 08/10/01)
 

Julgamento do director do INGC:
Todos dizem ser inocentes...

A empresa "Grupo Gulamo" negou na sexta-feira passada perante um tribunal em Maputo, a responsabilidade de ter doado quantidades de feijão em estado impróprio para o consumo humano. O desmentido segue-se a um outro igual feito semana passada pelo Director Nacional do Instituto de Gestão de Calamidades (INGC), Silvano Langa na primeira audição do tribunal.

Os produtos em causa destinavam-se às populações necessitadas, vítimas das cheias de Fevereiro e Março do ano 2000. O Grupo Gulamo reiterou que na altura da doação os diversos produtos disponibilizados, incluindo os 200 sacos de feijão em causa, estavam em condições para o consumo humano. (AIM 07/10/01)

Leia também a notícia da semana passada:
Director do INGC no banco dos réus
 

Notícias de sábado passado (6 de Outubro):

Substituição de grevistas prevista em acordos entre Governo e MOZAL
Simpósio sobre Informática: é preciso reduzir tarifas das telecomunicações
Frelimo, MPLA e ANC reunidos em Joanesburgo
Transportadores desobedientes são penalizados
Mundial de hoquei em patins: selecção de Moçambique goleada


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