João Alexandre "derrubado" como SG Afonso Dhlakama, 50 anos de idade, foi reeleito presidente da Renamo no final do IV Congresso daquele partido, que terminou na madrugada de hoje em Nampula. Dhlakama foi reconduzido à liderança da Renamo com 599 dos 625 votos. A derrota dos restantes dois candidatos seria vergonhosa, se as suas candidaturas tivessem sido sérias: Manuel Pereira, delegado político do partido na província de Sofala, recebeu 7 votos, enquanto Agostinho Murrial não recebeu nenhum voto. Os restantes 19 votos foram considerados brancos ou inválidos. Por outro lado, Joaquim Vaz, antigo representante da Renamo em Portugal, foi confirmado como novo secretário-geral, substituindo no cargo o polémico João Alexandre. Vaz, natural de Tete, é licenciado em Ciências Políticas. Os delegados ao IV congresso da Renamo elegeram ainda os órgãos nacionais, designadamente o Conselho Nacional, alargado de 10 para 60 membros, e a Comissão Política. Após a sua eleição, Dhlakama disse que no seu programa vai apostar na formação de quadros à altura de assumirem a liderança dos municípios nas eleições de 2003, bem como na preparação da máquina eleitoral para as eleições gerais de 2004. Ajuntou que pretende disciplinar a gestão financeira da Renamo (Dhlakama reconheceu que o partido não sabe quanto é que gasta por ano). Anunciou também que vai introduzir o sistema de quotizações. Actualmente os membros da Renamo não pagam quotas e o partido está a sobreviver com base em fundos provenientes do Estado - que são proporcionais ao número de assentos no Parlamento - e em contribuições de partidos amigos no estrangeiro. (Notícias, RDP-África e TVM, 02/11/01) Leia também estas notícias de quarta-feira passada: Maputo e Matola: Em Maputo e Matola, o preço da passagem nos semi-colectivos de pasageiros (vulgo "chapa cem") subiu na última quinta-feira para 4 mil meticais, contra os anteriores 3 mil. A medida foi aprovada pelas autoridades municipais das duas urbes após longas negociações com os transportadores, que pretendiam que o preço fosse estabelecido em 5 mil meticais. O aumento para 5 mil, ficou decidido, terá lugar a 1 de Fevereiro próximo. Apesar deste aumento ser mais um revés na já difícil situação económica do cidadão pacato, a introdução da nova tarifa não foi marcada por demonstrações e levantamentos populares, como aconteceu em ocasiões anteriores. O último aumento das tarifas aconteceu há menos que três meses, quando o preço subiu de 2 para 3 mil. (Notícias, 02/11/01) Leia esta notícia de 9 de Agosto: Porque sindicalistas foram despedidos: As negociações anuais que deveriam ter tido início ontem entre a Direcção da Fundição de Alumínio MOZAL e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Metalúrgica, Metalomecânica e Energia (SINTIME), destinadas ao estabelecimento do pacote salarial e condições de trabalho a implementar a partir de Janeiro de 2002, foram adiadas "sine die". O SINTIME dirigiu uma carta à MOZAL, na qual informa que as negociações não podem ter início no dia previsto "por motivo de ausência do Secretariado do Comité Sindical na empresa, por motivo de despedimento". A MOZAL despediu recentemente algumas dezenas de trabalhadores, entre os quais cinco integrantes do Comité Sindical, por terem participado numa greve que a MOZAL considera "ilegal". (AIM 01/11/01) Leia também esta notícia de ontem: Crise do caju na África Austral e Oriental: Especialistas da África Austral e Oriental encontraram-se terça e quarta-feira em Maputo para discutir a crise do caju e chegaram à conclusão que a solução para o problema é a formação de cooperativas e associações. O seminário, que reuniu governantes, comerciantes e produtores, tinha por objectivo discutir a produção, o processamento e a comercialização do caju nas duas regiões. Os participantes consideram a criação de cooperativas ou associações como prioritária, porque podem permitir o
melhoramento da comercialização da castanha de cajú em bruto, potenciar as actividades de processamento, possibilita a entrada de extensionistas rurais de uma forma
conveniente e eficiente, favorece a concessão de créditos bancários e permite que os produtores façam investimentos a baixo custo e obtenham melhores
rendimentos do que se actuassem sozinhos. A actuação em conjunto pode ainda evitar a acção de comerciantes oportunistas, melhorar as condições de
armazenamento e desenvolver uma série de facilidades a nível rural. (AIM 01/11/01) TDM faz vinte anos As TDM, Telecomunicações de Moçambique, empresa pública, acabam de anunciar a extensão do período económico das conversações telefónicas para as chamadas locais, a partir do presente mês de Novembro. Assim, o desconto de 50% nas chamadas, de segunda a sexta-feira entre as 20 e as 6 horas, bem com todos os sábados, domingos e feriados, vai valer também para as chamadas locais. O desconto vai beneficiar, entre outros, os que acedem à Internet naquele período. As TDM anunciaram esta medida como fazendo parte das
comemorações do 20º aniversário daquela empresa, que se assinala este mês. No entanto, o facto de a empresa TVCabo ter começado este mês a
oferecer a possibilidade de aceder a Internet directamente por cabo, não deve ser alheio ao "presente de aniversário" das TDM. (Notícias, 02/11/01) Notícias de ontem (1 de Novembro): Corrupção em Manica: Quatro magistrados recolhem aos calabouços |