20 mil pessoas passam fome no Centro de Chupanga Perto de 20 mil pessoas estão a passar fome no Centro de reassentamento de Chupanga, na província de Sofala, na sequência do desvio de 55 toneladas de produtos alimentares que tinham sido disponibilizados pelo Programa Mundial de Alimentação. Em finais do ano passado, o transportador Ismael Banoo, que tinha sido contractado pelo PMA para transportar a ajuda alimentar da Beira até ao Centro de Chupanga, informou ao PMA que os seus camiões tinham sido assaltados e que os produtos tinham sido roubados. No entanto, o PMA desconfiou da história e apresentou queixa à Polícia, que descobriu que os produtos tinham sido desviados para a
província de Manica, onde o empresário possui vários estabelecimentos comerciais. Com a ajuda dos motoristas dos camiões envolvidos na assalto fingido, a
Polícia conseguiu recupar 285 sacos, correspondentes a 8,7 toneladas. O comerciante e os seus dois filhos encontram-se detidos. O Centro de Chupanga alberga cidadãos
vítimas das cheias registadas na região centro do país, no ano passado. (Notícias, 28/01/01) Na Matola: Onze régulos de 14 postos administrativos do município da Matola tomaram posse ao longo da semana finda, ao abrigo do Decreto 15/2000. O acto "constitui o arranque da implantação das autoridades comunitárias ao nível do município da Matola". O Decreto 15/2000, aprovado pelo Conselho de Ministros a 20 de Junho de 2000 tem por objectivo "estabelecer formas de articulação dos órgãos locais do Estado e as autoridades comunitárias, visando a garantia da participação destas na administração pública, assim como permitir uma maior intervenção de régulos e outras entidades tradicionais no desenvolvimento social, económico e cultural do país". O decreto considera "autoridades comunitárias" os chefes tradicionais, os secretários de bairro ou aldeia e outros líderes legítimos nas respectivas comunidades. As autoridades comunitárias gozam do direito de usar os símbolos da República, participar nas cerimónias oficiais organizadas localmente pelas autoridades administrativas do Estado, usar fardamento ou distintivo próprio, para além de usufruir de um subsídio resultante da sua participação na cobrança de impostos. Porém, o documento é bastante contestado pela oposição que considera que este dispositivo vem criar condições
para a Frelimo impor representantes seus junto das populações, particularmente nos lugares onde a Renamo goza de grande influência. A Renamo-UE considera que o decreto
adultera o conceito de "autoridade tradicional" e quer vê-lo revogado. (Notícias, 28/01/01) Há três meses Afinal, a problemática do lixo que enferma a Cidade de Maputo, particularmente desde o último trimestre do ano passado, não se deve apenas à falta de meios de remoção com que se debate o Conselho Municipal. É que os trabalhadores da Direcção dos Serviços de Salubridade já não auferem os seus salários há sensivelmente três meses. De acordo com um artigo no jornal "Notícias" de hoje, "já faz tempo que a entrega ao trabalho deixou de ser palavra de ordem no meio do pessoal da salubridade, agastado com a contínua deterioração das condições de trabalho e sociais". O mais afectado é o pessoal hospedado no acampamento do Xipamanine, onde todas as infra-estruturas, como cozinha, refeitório, dormitórios, sanitários, balneários e lavandaria, se encontram num avançado estado de degradação. O sistema de esgotos está entupido, pondo em perigo a saúde desses trabalhadores, que há anos deixaram de beneficiar de exames médicos periódicos pelo Centro de Higiene Ambiental e Exames Médicos. (Notícias, 28/01/02) Leia mais sobre o lixo na Cidade de Maputo (notícia de 19 de Janeiro): Na Associação dos "chapas" de Maputo: A direcção e os corpos sociais da Associação dos Transportadores da Cidade de Maputo (ATROMAP) foram indiciados de desvio de mais de dois mil milhões de meticais (cerca de 85 mil dólares) pertencentes àquela agremiação de "chapas". O rombo foi descoberto na sequência de uma inspecção realizada recentemente na ATROMAP, a mando da Direcção Nacional de Impostos e Auditoria. A inspecção foi feita depois das desavenças que se seguiram à reunião da Assembleia Geral da ATROMAP, realizada em Março do ano passado, na qual a direcção se recusou a apresentar o relatório de contas. Como resultado das referidas desavenças, um dos membros viria a ser expulso. A direcção da ATROMAP já não convocara
uma Assembleia Geral desde 1996 e não apresentou relatórios de contos há cinco anos. A direcção enfrenta ainda vários outros processos-crime, por
causa de irregularidades de vária ordem. (Domingo 27/01/02) Notícias de sábado passado (26 de Janeiro 2002): Distribuição do livro escolar custa 4 milhões USD |