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Tem havido nos últimos anos um crescimento significativo de ONGs que nos seus objectivos e programas de trabalho incluem a mulher como um dos grupos-alvo (não necessariamente o único). Ainda nesta dinâmica, foi criado em 1991 o Forum-Mulher, rede de organizações que integra como membros:

• organizações nacionais não-governamentais
• organizações estrangeiras
• agências do governo
• ligas femininas de partidos políticos e confissões religiosas

Várias são as correntes ideológicas que têm norteado as políticas das ONGs - algumas criadas para a prestação de serviços (na saúde, educação, agricultura, crédito, actividades de rendimento), outras realizando actividades de apoio e formulação de políticas, outras ainda vocacionadas para a formação, capacitação e lobbies. A maior parte delas foram criadas a partir de uma abordagem "Mulher no Desenvolvimento", tendo paulatinamente assumido outra postura, a de "Género no Desenvolvimento", o que significa não tomar isoladamente a mulher no desenvolvimento, mas no contexto das relações de género, socialmente construídas e com impactos diferentes para homens e mulheres.

Para Vitória Ginja (MPF, 1995), as ONGs femininas surgem como resposta do cidadão na "busca de alternativas de intervenção" na vida política, económica e sócio-cultural do país. Têm como objectivos centrais:

• Aumentar a visibilidade da mulher como actora no processo de desenvolvimento;
• Garantir a equidade no desenvolvimento, através de uma discriminação positiva propositada;
• Mobilizar a mulher para a promoção da luta por igual parceria no processo de desenvolvimento.

Estamos abertos a comentários e contribuições que tornem mais interveniente a nossa organização.
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