Preços de combustíveis e inflação apoquentam trabalhadores

Ontem, o secretário-geral da Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM-CS) e do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Química, Borracha, Papel e Gráfica (SINTIQUIGRA), Joaquim Fanheiro, revelou que os sindicatos vão solicitar, para a primeira quinzena de Julho próximo, a realização de uma sessão da Comissão Consultiva do Trabalho.

A iniciativa visa debater a problemática da depreciação do Metical, a moeda nacional, sobretudo o seu impacto sobre o novo salário mínimo, fixado em 665 706,60 MT depois do incremento de 17%, aprovado em Maio passado. Joaquim Fanheiro fez esta revelação após o término da reunião de debate do último reajustamento do salário mínimo, convocada pela agremiação e assistida pelo Ministro do Trabalho, Mário Sevene.

Entretanto, segundo Fanheiro, os sindicatos solicitaram um encontro com o Ministério dos Recursos Minerais e Energia para abordar a questão do constante agravamento dos preços dos combustíveis, considerado como sendo um dos principais factores que determinam a subida do custo de vida no país. Num espaço de sensivelmente um mês, os preços dos combustíveis sofreram dois agravamentos, situação que, paralelamente à depreciação que a moeda nacional vem registando nos últimos tempos, acabou concorrendo para o aumento dos preços dos produtos de consumo, sobretudo dos de primeira necessidade.

Antes do último reajuste, o salário mínimo correspondia a cerca de 37 USD, mas de Maio para cá a tendência é de reduzir aquela equivalência e presentemente situa-se abaixo dos 30 USD. Embora sem revelar quais, Sevene disse haver uma série de medidas que estão a ser tomadas pelo Banco Central e pelos serviços aduaneiros no sentido de alterar o actual cenário. (Notícias, 23/06/01)

Leia a notícia:
de ontem: Através do SINTIQUIGRA: Salário mínimo vai a debate
da semana passada: Preço do combustível sobe pela segunda vez
de 30 de Maio: Desvalorização do MT: Banco Central diz que é "nervosismo"
de 9 de Maio: Salário mínimo: Governo decreta reajustamento de 17%
 

Energia eléctrica:
Fontes alternativas alimentam Inhambane

Foi restabelecido na noite da passada quarta-feira, o fornecimento de energia eléctrica às cidades de Inhambane, Maxixe e à vila de Homoíne, com o arranque de dois grupos geradores de energia eléctrica, alternativos, que produzem na globalidade 1400 MW. Vasco Doane, director da Electricidade de Moçambique em Inhambane, disse que o grupo gerador cujo alternador avariou no princípio da noite do último domingo, deverá ser submetido à análise pelos técnicos da Barlows, empresa fornecedora do material, que se encontram em Inhambane, idos da África do Sul. (Notícias, 23/06/01)

Leia a notícia de 19 de Junho:
Inhambane de novo às escuras
 

No próximo ano:
Maputo terá mais escolas

A cidade de Maputo terá mais 138 salas de aula no próximo ano, na sequência da implementação de um projecto financiado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão. Com efeito foram identificados oito estabelecimentos de ensino com danos significativos e que, por conseguinte, vão beneficiar de reconstrução e ampliação. Actualmente, estima-se em mais de 160 o número de escolas existentes na cidade de Maputo, para os níveis secundário e primário.

Por outro lado, a província de Maputo terá, também no próximo ano, mais cinco novas escolas convencionais de nível secundário, que irão beneficiar mais de mil crianças que presentemente assistem às aulas debaixo das árvores. Este projecto é financiado pelo Governo Italiano, através do PNUD, no montante de 100 mil USD. (Notícias, 23/06/01)
 

Notícias de ontem (22 de Junho):

MOZAL vai duplicar a produção de alumínio
Muteia dá ultimato à chazeira Aberfoyle
Eclipse paralisou o país
Através do SINTIQUIGRA: Salário mínimo vai a debate