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Notícias do dia 25 de Julho 2001

Devido ao mau tempo:
Embarcação afunda-se na costa de Gaza

Uma embarcação de carga, proveniente do porto de Quelimane com destino a Maputo, afundou-se na noite da última segunda-feira na costa de Gaza devido ao mau tempo que se faz sentir no sul do país. O barco, baptizado com o nome "Manica Alfa", pertencente à empresa de carga Manica, transportava cerca de 1 700 toros de madeira e era tripulado por 14 pessoas.

Um único sobrevivente foi ontem socorrido na zona de Zongoene por um operador privado daquele região de Gaza. A falta de meios, aliada às más condições climatéricas originadas pelo mau tempo, dificulta as operações de resgate do barco e o possível salvamento do resto da tripulação. (Notícias, 25/07/01)
 

Está em curso reexportação dos pesticidas obsoletos

Quarenta e três contentores contendo pesticidas obsoletos deverão ser embarcados no porto de Maputo com destino à Alemanha e Holanda, no prosseguimento de um programa de reexportação de cerca de 900 toneladas do lixo tóxico recolhido em diversos pontos do país. Há sensivelmente três semanas embarcou o primeiro lote, constituído por 14 contentores daquele lixo, que durante vários meses ficaram armazenados na Estação de Tratamento de Lixo da Matola, de onde alguns foram desviados por ladrões em Fevereiro deste ano.

Segundo as projecções, o processo de reexportação dos pesticidas, recolhidos em diversas partes do país ao abrigo de um financiamento dinamarquês, deverá terminar em Outubro próximo. Entretanto, prevalecem dificuldades na programação das operações de embarque, para as quais são usados navios também comprometidos com outras manobras comerciais. (Notícias, 25/07/01)

Leia a notícia de:
12 de Maio: Pesticidas obsoletos: Exportação será em Junho
10 de Maio: Tambores com pesticidas continuam desaparecidos
6 de Junho: Roubo de pesticidas leva mais um à cadeia
 

Austrália concede bolsas de estudo

Os governos de Moçambique e Austrália assinaram ontem, em Maputo, um memorando de entendimento relativo ao programa de bolsas de estudos a serem disponibilizadas por aquele país. A Austrália pretende apoiar estudantes provenientes das províncias e famílias moçambicanas pobres e desfavorecidas com habilitações pós-secundárias relevantes para o desenvolvimento nacional nas áreas da Saúde, Agricultura, Educação, Segurança alimentar e formação no domínio da língua inglesa.

No total são 300 bolsas, num valor total de cerca de 600 mil USD, que numa primeira fase vão beneficiar estudantes das universidades Eduardo Mondlane e Pedagógica, no presente ano, e estudantes do Instituto de Ciências de Saúde, no próximo ano. (Notícias, 25/07/01)
 

Resultados dos exames de admissão à UEM:
"Discriminação positiva" estaria por detrás do atraso

Os exames de admissão para a Universidade Eduardo Mondlane já se realizaram há três meses, mas até agora - a menos de duas semanas do início das aulas - ainda não sairam os resultados. As causas do atraso, segundo observadores, são fundamentalmente duas: incompetência e fraude. No ano passado, pela primeira vez desde que os exames de admissão foram instituídos há 11 anos, os enunciados estavam a venda alguns dias antes da realização dos exames. Também este ano circulam com muita intensidade informações segundo as quais alguns docentes da UEM negoceiam os exames. A Reitoria sempre recusou-se a investigar as alegações, alegando falta de provas.

Ontem, o reitor da UEM, Brazão Mazula, numa conferência de imprensa convocada por ele, não negou essas acusações, mas surpreendeu todos os presentes a declarar que a verdadeira causa do atraso era outra. Em nome da "Unidade Nacional", disse o reitor, foram introduzidos novos critérios de admissão que, desvalorizando os resultados dos exames de admissão beneficiam os estudantes do "centro e norte" do país. Para cobrir as cerca de 2500 vagas disponíveis, serão "repescados" estudantes das "províncias", em detrimento dos estudantes de "Maputo" que obtiveram resultados positivos.

A medida, tomada sem consultar o Governo, é anticonstitucional, de acordo com alguns observadores, porque a Constituição proíbe a discriminação por causa do lugar de nascimento ou de residência. Mazula que, por causa do seu autoritarismo já entrou em conflito com a maioria dos docentes da UEM, está à espera duma decisão do Presidente da República, quanto à sua substituição ou recondução no cargo, após um processo polémico de "consulta" à comunidade acadêmica, no qual não conseguiu obter o apoio da maioria dos docentes e estudantes. (MOL, Notícias, TVM e metical, 24/07/01)

Leia a notícia de 2 de Abril:
Mazula obtém apenas um terço dos votos
 

Notícias de ontem (24 de Julho):

Projecto de estradas: Banco Mundial aprova crédito
Governo desembolsa 7,5 milhões USD em indemnizações no sector do caju
Investigadores levam nova droga para tratamento da malária ao debate público
AMIMO desenha programa para proteger mineiros contra HIV/SIDA
Pela 8ª vez: Maxaquene conquista Taça de Moçambique


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