Evasão de reclusos em Inhambane: O director nacional das Prisões, Charles Massai, entende que a recente evasão de reclusos da Cadeia Provincial de Inhambane resultou de uma acção "premeditada, delineada e coordenada entre os guardas prisionais e os reclusos". Ontem Charles Massai trabalhou na cidade de Inhambane para se inteirar das circunstâncias em que ocorreu a fuga de 53 reclusos, no domingo último. Para Massai a atitude dos carcereiros visa "desvirtuar a dinâmica que está a ser implementada pela nova direcção". Aquele responsável ajuntou, inclusive, que recebeu telefonemas e cartas anónimos de guardas que reclamam equipamento de serviço e integração no sistema de carreiras profissionais. Essas exigências teriam sido feitas sob ameaça de morte e de abertura das cadeias para a fuga dos presos. Xadreque Arnaldo, director da Cadeia Provincial de Inhambane, disse que estão em curso 17 processos disciplinares contra alguns funcionários, sobretudo por causa da negligência dos guardas prisionais, que considera estarem a facilitar a fuga de reclusos. (Notícias, 10/10/01) Leia também a notícia de ontem: Fraude na Beira Mais de 290 estudantes que ingressaram este ano no Instituto Industrial e Comercial da Beira vão ser expulsos por estarem ilegalmente matriculados. Trata-se de estudantes que ingressaram naquela instituição sem prestar os devidos exames de admissão. Cada um destes estudantes pagou entre 3 e 6 milhões de meticais para garantir o seu ingresso no IICB, o que significa que este caso de corrupção, que já provocou a exoneração do director da Instituição, Gonçalves Júnior, deve ter movimentado mais de mil milhões de meticais. Os estudantes que serão expulsos representam perto de um terço de todos os que ingressaram na instituição no presente ano lectivo. Numa atitude que ilustra em que medida a corrupção já se tornou normal na educação em Moçambique, os estudantes a serem expulsos exigem a devolução do seu dinheiro. O Ministério de Educação já fez saber que vai devolver apenas o dinheiro correspondente às taxas de internamento, para o caso dos alunos que vivem no lar do IICB, e responsabiliza aos professores e à direcção a devolução do dinheiro cobrado para propinas e matrículas. O IICB tem sido alvo de denúncias relacionadas com fraudes académicas e corrupção generalizada. (TVM, 09/10/01) Leia também a notícia da semana passada: Suécia apoia Combate à Pobreza O governo da Suécia vai disponibilizar cerca de 20 milhões de dólares a Moçambique em apoio ao Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta no país (PARPA), desenhado para os próximos cinco anos. Um acordo nesse sentido foi assinado pelos dois governos, segundo uma nota de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, que acrescenta que o montante será aplicado no período 2001-2002. A cooperação entre os dois países desenvolve-se com base num memorando de entendimento assinado em 1997, o qual preconiza a transição da assistência a projectos diversos para uma assistência centrada em programas sectoriais seleccionados, tais como educação, cultura, estradas, energia, administração pública, apoio descentralizado à província nortenha do Niassa, democracia, desminagem, desenvolvimento rural e apoio macro-económico. (AIM 09/10/01) Leia mais sobre o PARPA no site do Governo Luta contra o contrabando: As Alfândegas de Moçambique arrecadaram 4 mil milhões de meticais em oito operações realizadas no país durante o passado mês de Setembro. Dessas operações resultou a apreensão de diversas mercadorias como cimento, bebidas alcoólicas, cigarros, açúcar, óleo alimentar, acessórios para viaturas e material de escritório. Grande parte das apreensões foi feita ao longo da fronteira com o Zimbabwe, onde se reportam cada vez mais casos de contrabando de açúcar e whisky. (Notícias, 10/10/01) Leia também a notícia de 29 de Setembro: Notícias de ontem (9 de Outubro): Chissano pronuncia-se a favor da luta contra o terrorismo |