Em Maputo: Maputo está a ser fustigada desde a noite de quinta-feira última por fortes chuvas que estão a causar vários transtornos e destruições. Grande parte das vias está completamente inundada, postes de linhas de transporte de energia eléctrica tombaram e o trânsito na Av. Guerra Popular foi interrompida por causa de umas crateras que se formaram junto ao mercado "Mandela". Esta rua, reabilitada há alguns meses, ficou danificada em virtude de a Electricidade de Moçambique (EDM), que está a deslocar postes de iluminação pública, ter feito escavações que, até ao início das chuvas não tinham sido tapadas. O presidente do Conselho Municipal de Maputo, Artur Canana, responsabilizou a EDM e aquela empresa prontificou-se a reparar os danos. Em
relação as famílias reassentadas após as cheias do ano passado e que, entretanto, regressaram às zonas de risco, Artur Canana fez saber que o
município não se responsabiliza. Muitas destas famílias, após terem sido atribuídas casas ou talhões em zonas seguras, venderam-nos e regressaram
às zonas de risco, que estão a ser inundadas pelas actuais chuvas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia o mau tempo vai se fazer sentir até amanhã na
zona sul do país, progredindo em direcção ao norte. (Notícias, 17/11/01) Alterados preços de combustíveis: Vigoram desde sexta-feira última no país novos preços de combustíveis líquidos, aprovados recentemente pelo governo. Da nova tabela, destaca-se o aumento do preço de gás de cozinha em 7,7% e a descida do petróleo - principal fonte de iluminação para a grande maioria dos moçambicanos - na mesma percentagem. Assim o preço do gás subiu de 12 293,20 para 13 234,00 MT/kg e o litro de petróleo passa a custar 5 840,00 MT, contra os anteriores 6 330,00 MT. O preço da gasolina baixou, fixando-se em 9 160,00 MT. Antes, o litro de gasolina custava 9 500,00 MT. Também baixaram de preço o combustível para aviões (Jet A1) em 7,5% e a gasolina em 3,6%. Assim, o litro do Jet A1 custa agora 6.259,60 Meticais, contra os anteriores 6.766,40 MT, e o da gasolina 9.160,00 MT, contra os anteriores 9.500,00 MT. O preço do gasóleo subiu para 9 340,00 MT, um aumento de 4,5%. Estes preços são válidos nas cidades de Maputo, Matola, Beira e Nacala. A última revisão dos preços dos combustíveis teve lugar em Setembro. (Notícias, 17/11/01) Leia também esta notícia de 14 de Setembro: Parque Internacional do Grande Limpopo: A maioria da população das aldeias rurais localizadas na Coutada 16, área do território moçambicano integrada no projecto de Conservação Transfronteira, não quer sair das suas propriedades para novas zonas, mesmo que o Governo lhes recompense. As comunidades locais expressaram as suas opiniões no decurso de um processo de consulta conduzido pela União Mundial para a Conservação da Natureza (UICN). O coordenador do projecto de Mobilização Comunitária na UICN, Henrique Massango, que na passada quinta-feira apresentou publicamente, em Maputo, os resultados da consulta, indicou que a relutância vai ao ponto de algumas pessoas declararem-se dispostas a desafiar os animais a serem movimentados na área, do que sair. (AIM 15/11/01) Leia também esta notícia de 30 de Outubro: Governo reconhece: O Governo reconhece que o programa MOSAGRIUS, concebido em 1997 para a província do Niassa, pelas autoridades de Moçambique e da
África do Sul, nunca chegou a funcionar conforme as expectativas. O Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Ruaral, Hélder Muteia, respondendo a perguntas feitas pelos
deputados da Assembleia da República, disse que a Câmara Sul-Africana para o Desenvolvimento da Agricultura (SACADA), accionista de 50% da Sociedade de Desenvolvimento
MOSAGRIUS, apenas realizou 10% do capital social da sociedade. Como consequência, segundo Muteia, escassearam fundos e os camponeses começaram a enfrentar problemas
financeiros para a realização da campanha agrícola, especialmente para o pagamento de salários dos trabalhadores. (AIM 15/11/01) Paz para Angola: O presidente do Malawi, Bakili Muluzi, disse ontem em Maputo que a SADC não descarta o envolvimento de Savimbi na procura de uma solução para a guerra em Angola. No entanto, aquela organização regional aguarda um pronunciamento do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, sobre esta matéria, após o diálogo que manteve esta semana com Muluzi, actual presidente em exercício da SADC. Muluzi, que ontem terminou uma visita a Moçambique, visitou Angola recentemente, no quadro dum périplo que o levou igualmente à RDCongo, Ruanda e Burundi. Muluzi convidou o presidente Chissano a juntar-se a este esforço de busca de paz para Angola e RDCongo, na sua qualidade de presidente do Órgão para Política, Defesa e Segurança da SADC. Comentando o recente discurso de José Eduardo, segundo o qual "jamais" estará disponível para dialogar com Savimbi, Muluzi convidou a todos para "rezar" para que o presidente angolano mude de ideias. Quanto aos pontos discutidos nas conversações com Chissano, Muluzi destacou também a crise de terras no Zimbabwe, que segundo ele, tem origem na falta de fundos do Estado para pagar a terra. Para Muluzi, o mais importante é que a Grã-Bretanha flexibilize o desembolso dos fundos necessários para o programa. Tanto Muluzi como Chissano sublinharam que a SADC apoia aquilo que teimam em chamar de "reforma agrária" e opõe-se a sanções contra o Zimbabwe. (Notícias, 17/11/01) Leia também esta notícia de ontem: Perante a incapacidade da edilidade de remover o lixo: Em apoio ao plano de emergência accionado pelo Conselho Municipal com o objectivo de minimizar o problema do lixo na cidade de Maputo, o sector empresarial e a sociedade civil disponibilizaram, para este fim de semana, 15 camiões e seis pás carregadoras. A estes meios juntam-se os 10 camiões, um tractor, uma pá carregadora e uma "buldozer" do Conselho Municipal. Entre as entidades que disponibilizaram os seus meios para a limpeza da cidade destacam-se a Tâmega, CMC, Sogitel, Delta Trading, Socomol, Sogel, Babu, CFM-Sul, Teixeira Duarte, Construções do Mondego, COTUR, Quimilar, Kanes, Auto-Car, Comunidade Maometana e o partido Frelimo. Algumas destas entidades, para além de meios materiais vão também disponibilizar recursos humanos, como é o caso da Construções do Mondego que vai disponibilizar 18 homens. Este facto ocorre numa altura em que as autoridades sanitárias receiam o agravamento da situação da cólera nos próximos dias, como consequência das graves condições de higiene e saneamento do meio em Maputo. (Notícias, 17/11/01) Leia também esta notícia da semana passada: Notícias de ontem (16 de Novembro): No Parlamento: Governo não convence deputados |