Caso haxixe de Inhambane: O Tribunal Judicial da província de Inhambane condenou cinco paquistaneses a 18 anos de prisão maior pelo crime de tráfico de drogas e outras actividades ilícitas. Os restantes quatro réus foram sancionados com 17 anos de prisão maior. Os traficantes que apanharam 18 anos são Haroni Ibrahim, Ali Asghar, Ibrahim Suleman, Ali Abdul Rehman e Qader Ibrahim, que, para além do tráfico de drogas, cometeram ainda o crime de falsificação de documentos, nomeadamente passaportes. Este caso remonta a Junho do ano passado quando os paquistaneses foram detidos pela polícia após terem desembarcado na foz do rio Save, na província de Inhambane. A polícia alegou a conexão destes com o caso do haxixe que deu à costa de Inhambane por aquela altura, após o naufrágio de uma embarcação que transportava cerca de 16 toneladas de haxixe, escondidas em latas de café. (Notícias e TVM, 26/11/01) Leia também estas notícias relacionadas: Em nove meses: Dados divulgados no decurso do XIV Conselho Coordenador do Ministério do Trabalho, 36 281 moçambicanos foram recrutados, de Janeiro a Setembro deste ano, para trabalhar na África do Sul. Aqueles moçambicanos foram empregados nos sectores de agricultura, a maior parte, serviços e minas. No mesmo período, outros 27 892 regressaram ao país, depois de terminar os seus contratos de trabalho na RAS, e 3 044 legalizaram ou renovaram os seus contratos. Na reunião, decorrida na semana passada na vila da Namaacha, província de Maputo, foi divulgado também que no ano passado foram recrutados para aquele país 46 338 moçambicanos, dos quais 46 321 trabalham nas minas, 13 no sector agrícola e quatro na área de serviços. Entretanto, de Janeiro a Setembro de 2001 Moçambique concedeu 1 774 autorizações e 1 251 licenças de trabalho no país, a favor de cidadãos estrangeiros, fundamentalmente nas áreas de construção civil e serviços. Entre os temas debatidos na reunião, destacaram-se a estratégia de emprego e formação profissional, a Inspecção
de Trabalho, a revisão das disposições sobre a contratação da mão-de-obra estrangeira, situação e perspectivas das
direcções provinciais de Trabalho, as medidas de prevenção de conflitos laborais e as bases para a fixação dos salários mínimos
nacionais. Assim, o governo recomenda que, na altura em que se propõe o reajustamento do salário mínimo, se tome em conta a situação da economia
nacional, a situação financeira da empresa e, finalmente, as necessidades e o poder de compra dos trabalhadores. (Notícias, 26/11/01) Farmeiros zimbabweanos entram em Fevereiro Os 57 agricultores zimbabweanos brancos que apresentaram projectos ao governo, vão começar a trabalhar na província de Manica a partir de Fevereiro próximo. Com efeito, o banco britânico que vai financiar os seus projectos manteve contactos com o governo de Manica, para acertos finais. Os zimbabweanos têm, entre outros, projectos para a produção de algodão, tabaco, chá, café, girassol e hortícolas. Os fazendeiros também propõem-se a instalar agro-indústrias para o processamento da sua produção. Soares Nhaca, governador de Manica, disse que a cada farmeiro serão atribuídos 1000 hectares de terra. Ajuntou que se pretende que estes contribuam para o aumento dos rendimentos agrícolas na província, uma das mais produtivas do país. Entretanto, há quem receie que os zimbabweanos venham a fomentar "guetos" e actos racistas. (TVM, 25/11/01) Leia também esta notícia de 12 de Junho: "Traído" pela Aberfoyle: A Unidade Técnica de Restruturação de Empresas (UTRE) está a conduzir o processo legal de desadjudicação da antiga Emochá, em Milange, província da Zambézia, à Aberfoyle Tea Estate, Lda. A medida surge na sequência da falta de cumprimento do plano de exploração pelo adjudicatário, a Aberfoyle, que, inclusive, havia recebido um ultimato do governo, em Junho último. Por outro lado, para viabilizar a produção de chá em Milange, o executivo está a negociar com outro investidor e compromete-se a pagar 15 meses de salários em atraso aos 37 trabalhadores da Emochá. De acordo com o ultimato, a Aberfoyle, uma empresa zimbabweana, tinha um prazo de três meses, a partir de Junho, para proceder ao pagamento de salários em atraso, e para implementar o seu plano de exploração das áreas chazeiras. Actualmente a Aberfoyle nem sequer responde às cartas que lhe tem sido enviadas através do seu endereço no Zimbabwe. Em Moçambique, o seu advogado, Máximo Dias, já fez saber que o seu cliente não está a colaborar. A Emochá foi adjudicada à Aberfoyle em 1996, que de lá para cá não realizou investimentos à altura dos acordos rubricados com o executivo. Parte das áreas de produção de chá, abandonadas, estão a ser ocupadas por populares. As três unidades de que é composta a Emochá compreendem 1 678 hectares e já chegaram a produzir cerca de 1,7 milhão de toneladas. (Notícias e TVM, 26/11/01) Leia também esta notícia de 22 de Junho: Notícias de sábado passado (24 de Novembro): Cooperação bilateral: Alemanha disponibiliza 43 milhões USD |