Maputo tem novos oficiais de Polícia Vinte e oito novos oficiais, três sargentos e três guardas da Polícia da República de Moçambique (PRM), a nível da cidade de Maputo, foram patenteados ontem. O patenteamento enquadra-se no processo de reorganização da corporação, por forma a "corresponder às exigências da garantia de uma alta ordem, segurança e tranquilidade públicas". As reformas na Polícia já abrangeram comandantes provinciais, directores, chefes de departamentos, de secções, comandantes distritais e de esquadras, chefes de operações, grupos operativos e o ramo da Polícia de Trânsito. Durante o presente ano, o processo de patenteamento abrangeu todo o efectivo do ramo de investigação criminal. Na cerimónia, o comandante da PRM na cidade de Maputo, Adriano Mucupera, apelou para uma cada vez maior disciplina no combate ao crime. Mucupera
disse ainda que os polícias que infrigirem a deontologia e as regras que regem a corporação, serão punidos "severamente". No âmbito das novas medidas
disciplinares, os infractores serão levados para o Centro de Instrução Básica de Michafutene, onde serão submetidos a trabalhos agrários
forçados. A medida entra em vigor a partir de hoje, com a transferência de polícias que estão detidos na cadeia de máxima segurança da Machava,
vulgo "BO", para o campo de reeducação de Michafutene. (AIM 10, Notícias, 11/12/01) Por causa dos prejuízos: Os accionistas da Sociedade Algodoeira do Monapo (SAMO) decidiram encerrar as actividades na província de Nampula e concentrar os seus esforços na Companhia Nacional Algodoeira (CAN) nas provincias de Manica e Sofala. Na origem desta medida está a acumulação de prejuízos ao longo dos anos da sua existência. Enquanto os sócios, nomeadamente, o Estado, as empresas Entreposto e a Hipermark, discutem o destino a dar à SAMO, foi acordado que para não paralisar a campanha agrícola, toda a actividade de fomento de algodão fosse temporariamente transferida para a Sociedade Algodoeira do Namialo (SANAM). Um acordo sobre esta transferência foi assinado há dias. (AIM 10/12/01) Leia também esta notícia sobre a crise no sector do algodão: Sindicatos estão a perder membros O movimento sindical em Moçambique está a perder os seus membros a um ritmo preocupante. O Conselho Central dos Sindicatos, que
recentemente avaliou entre vários aspectos de interesse da organização, o grau de aderência, queixou-se da fragilidade devido à "tendência de
declínio do número de membros" que se verifica nos últimos anos, principalmente desde 1998. A OTM-Central Sindical, a maior central sindical do país, dá
conta de uma queda na ordem de 1,64% dos comités sindicais, 8,6% do número de trabalhadores e 25,68% do número de membros. Muitos dos antigos membros renunciam e
outros estão impossibilitados de regularizar as suas quotas. De acordo com os sindicatos o declínio é causado pela introdução, em 1987, do Programa de
Reabilitação Económica (PRE). (AIM 10/11/01) No Hospital Central: A grave crise de sangue que se regista ultimamente no Hospital Central de Maputo (HCM), continua longe de ser ultrapassada. A falta daquele líquido vital já causou óbitos e fez com que várias cirurgias tivessem que ser adiadas. O director do Banco de Sangue do HCM, Joel Samo Gudo, disse ontem que o seu sector está a receber apenas 75 unidades de sangue por dia, contra o mínimo de 100 necessárias, para esta altura do ano. Refira-se, entretanto, que se trata duma crise cíclica que se regista sempre em finais de Novembro e que se prolonga até finais de Janeiro, período em que a maior parte dos dadores, os estudantes, estão de férias. Neste período registam-se mais casos de malária e de cólera, em função das chuvas e do agravamento das condições de saneamento, e também mais acidentes de viação. Para reverter a situação o HCM já destacou brigadas móveis de sensibilização e de colecta de sangue. Em paralelo com esta acção, os familiares dos doentes internados são solicitados a fazer doações de sangue para os seus parentes. Entretanto, os níveis de rejeição do sangue doado perfazem uma média de 10%, na sequência do impacto negativo do HIV. (Notícias, 11/12/01) Leia esta notícia de Dezembro do ano passado: Para contigência: A província da Zambézia necessita, no mínimo, de cerca de 5,6 milhões USD para operacionalizar o plano de contingência 2001/2002, ao abrigo do qual estão previstas acções de organização e capacitação das comunidades, mobilização de meios, pré-posicionamento de bens e produtos (...), com vista a garantir uma resposta imediata em caso de emergência. Dados oficiais indicam que mais de 400 mil pessoas vivem em zonas consideradas de risco na província da Zambézia, podendo enfrentar situações de emergência em caso de ocorrência de cheias e/ou ciclones. Para fazer face a eventuais calamidades e considerando o universo de 400 mil pessoas em risco, Zambézia necessitaria no mínimo de cerca de 12 mil tendas, 20 kits de utensílios domésticos, 160 mil mantas, 40 mil barras de sabão, trinta barcos e 6 mil lajes para latrinas. Em termos de insumos agrícolas, necessita de 440 mil toneladas de sementes de feijão e de milho, 160 mil enxadas e 80 mil catanas. Actualmente, aquela província dispõe de uma reserva de 500 toneladas de alimentos como feijão, milho, óleo disponibilizados
pelo PMA, que estão a ser distribuídos por aquela agência da ONU, nos moldes de "comida pelo trabalho". As cheias registadas no início deste ano no centro do
país, causaram grandes prejuízos em 12 dos 17 distritos da Zambézia, afectando mais de 150 mil pessoas, das quais a maior parte foi obrigada a deslocar-se das suas
zonas de origem. (Notícias, 11/12/01) Notícias de ontem (10 de Dezembro): CC da Frelimo concorda: Chissano não se candidatará a terceiro mandato |