Assinado protocolo de entendimento com África do Sul: Ainda este ano iniciará a exploração da linha férrea de Ressano Garcia em regime de concessão, que deverá durar 15 anos. Para o efeito, os governos de Moçambique e da África do Sul, representados respectivamente pelos ministros dos Transportes e Comunicações, Tomás Salomão, e das Empresas Públicas, Jeff Radebe, rubricaram ontem, em Maputo, um acordo de princípios, que prevê, entre outros aspectos, a criação de uma companhia que será responsável pela gestão da linha, que liga África do Sul aos portos de Maputo e de Matola. A companhia que irá gerir a linha será composta por um consórcio liderado pela Spoornet (empresa pública sul-africana de caminhos de ferro), com 51% das acções, pela Empresa dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), com 33%, estando os restantes 16% reservados para a entrada de capitais privados. Pela exploração da linha o consórcio pagará ao Estado moçambicano 67,7 milhões de dólares ao longo dos 15 anos. Além disto, investirá 10 milhões na sua reabilitação. A electrificação da linha é uma das opções a considerar. Como resultado da concessão espera-se que o tráfego de carga na linha chegue, dentro dos próximos 15 anos, a 6,8 milhões de toneladas anuais, contra as actuais 2,9 milhões de toneladas. A assinatura do contrato segue-se a vários anos de difícil negociação. A reabilitação da linha já foi considerada uma condição para o arranque do projecto de ferro e aço de Maputo (MISP), que dependeria do transporte por via férrea de magnetite da região de Phalaborwa, na África do Sul, para Maputo. Mas a falência da empresa norte-americana Enron, que é o "dono" do projecto de ferro e aço, fez com que o futuro deste projecto seja agora muito duvidoso. (Notícias, 17/01/02) Leia também esta notícia de 23 de Novembro do ano passado: Beira poderá ficar sem luz a qualquer momento A cidade da Beira, segunda maior do país, está a atravessar uma fase crítica no que se refere ao fornecimento de energia eléctrica. Os cortes de energia registam-se naquela cidade, assim como na de Dondo, com cada vez maior frequência. De acordo com o engº Fernando Dias, director da EDM (Electricidade de Moçambique) na Beira, a única linha que actualmente abastece a cidade funciona com uma torre inclinada, que poderá tombar a qualquer momento. A torre encontra-se a 3200 m da Estrada Nacional nº 6, num terreno de difícil acesso, por causa das inundações, e a EDM não tem dinheiro para pagar a sua reparação. Para agravar ainda mais a situação, as linhas sofrem do constante roubo de cantoneiras. A segunda linha de abastecimento da Beira foi
totalmente reabilitada mas está inactiva devido a este mal. No passado dia 17, "RM Jornal", o principal noticiário da Rádio Moçambique, que nas
terças-feiras costuma ser transmitido a partir da Beira, à última hora teve que ser editado em Maputo. (Notícias 15 e 16/01/02) Actualizados preços de combustíveis Foram actualizados, com efeitos a partir da passada segunda-feira, os preços dos combustíveis líquidos no país, aumentando o custo do gás doméstico e diminuindo o preço da gasolina, do gasóleo e do petróleo de iluminação. A maior alteração sofreu o gasóleo, que, após uma diminuição em 11,9%, voltou a ser mais barato do que a gasolina. De acordo com a nova tabela de preços - que vale apenas nas cidades de Maputo, Matola, Beira e Nacala - o quilograma de gás custa agora 13 493,50, contra os anteriores 13 234 meticais. O litro de gasóleo custa 8 230 MT, contra os anteriores 9 340, enquanto a gasolina passou dos anteriores 9 160 para os actuais 8 860 MT. O preço do petróleo de iluminação desceu de 5 840 para 5 620 MT. Os preços dos combustíveis são revistos periodicamente pelo Ministério dos Recursos Minerais e Energia em função dos preços no mercado internacional e do câmbio do metical em relação ao dólar americano. (Notícias 16/01/02) O último reajuste dos preços de combustíveis teve lugar no dia 16 de Novembro: Agostinho do Rosário Embaixador na Índia O Presidente da República nomeou Carlos Agostinho do Rosário para o cargo de Alto Comissário de Moçambique junto da
Índia. Rosário foi Governador da província da Zambézia, Ministro da Agricultura e Pescas e deputado da Assembleia da República, pela bancada da Frelimo.
Carlos Agostinho do Rosário, com 48 anos, é bacharel em Economa Rural pela Universidade Eduardo Mondlane, e mestre em Agronomia e Desenvolvimento Rural pela Universidade de
Londres. (Notícias 17/01/02) Notícias de ontem (16 de Janeiro 2002): Cólera já ceifou 139 vidas em oito províncias |