Gás natural: Comercialização inicia em 2003 Moçambique vai iniciar a comercialização efectiva do gás de Pande para a África do Sul a partir de 2003. Com efeito, na semana passada, após um encontro entre os presidentes Joaquim Chissano, de Moçambique, e Thabo Mbeki, da África do Sul, decorrido em Pretória, os Ministro dos Recursos Minerais e Energia dos dois países, nomeadamente Castigo Langa e Phumuzile Mlambo-Ngucka, rubricaram o acordo sobre o comércio do gás. A construção do gasoduto irá iniciar ainda este ano e custará 1,8 mil milhões de USD. O transporte do gás, de Pande, na Província de Inhambane, para Secunda, África do Sul - uma distância de 895 km - começará em 2003. A empresa sul-africana SASOL será o principal consumidor do gás, que irá em parte subsituir o carvão como combustível. A SASOL é dono de 70% do projecto, enquanto a Empresa Nacional de Hidrocarbonetes, detém os restantes 30%. Na agenda da delegação governamental que está de visita à África do Sul estão ainda, entre outros assuntos, o futuro da barragem de Cahora Bassa, a Iniciativa de Desenvolvimento Espacial dos Libombos, o Parque transfronteira Gaza-Kruger-Gonarezhou e várias questões que dizem respeito aos muitos trabalhadores moçambicanos naquele país vizinho. (TVM, 09/04/01) Só em 2004 o gás de Pande chegará a África do Sul HIV/SIDA: 25% dos moçambicanos na RAS estão infectados Estima-se que perto de 25% dos cerca de cem mil moçambicanos que residem legalmente na África do Sul (RAS) estão infectados pelo HIV/SIDA. Em virtude disso, mais de 600 moçambicanos que trabalhavam nas minas daquele país foram expulsos. O Governo, alertado da situação, intercedeu junto das autoridades sul-africanas para travar o fenómeno, tendo exigido a reinserção daqueles em outras actividades produtivas, tal como acontece com os sul-africanos dispensados das minas pelas mesmas razões. Com efeito, uma delegação sul-africana, de alto nível, irá deslocar-se a Maputo, para, junto com as autoridades moçambicanas, discutir o assunto. Os moçambicanos têm uma longa experiência de trabalho na África do Sul, desde a descoberta das minas de ouro e de diamantes naquele país no século XIX. (TVM, 09/04/01) Coca-Cola abriu a terceira fábrica no país A multinacional Coca-Cola abriu na semana passada, na cidade de Nampula, a sua terceira fábrica de refrigerantes no país. A unidade tem a capacidade de produzir 6 milhões de caixas de refrigerantes por ano e emprega cerca de 150 cidadãos nacionais. Esta fábrica vai abastecer as províncias do norte do país, nomeadamente Cabo Delgado, Niassa e Nampula, o que deverá levar ao equilíbrio dos preços a nível nacional. A Coca-Cola, que conta com um total de 43 fábricas em África, já tem uma unidade de produção em Maputo e outra em Chimoio. Os moçambicanos consomem, em média, 18 refrescos da Coca-Cola por ano, o que a empresa espera poder elevar a 21 até ao final do ano 2002. (TVM, 09/04/01) Diques e barragens: Marrocos dispõe-se a ajudar o país O embaixador de Marrocos em Moçambique, Abdelatif Nacif, disse ontem em Maputo que seu país está disposto a ajudar na construção de barragens e diques de protecção nas zonas propensas às cheias. Latif revelou essa disponibilidade quando procedia à entrega de 150 mil USD ao INGC, para o apoio às vítimas das cheias. No terreno, as operações aéreas de assistência às vítimas das cheias irão prosseguir até ao próximo dia 21, graças ao apoio da Holanda, em 500 mil USD. Ontem A RDP-África entregou à Cruz Vermelha de Moçambique um donativo, constituído por comprimidos de cloroquina, avaliado em cerca de 6 mil USD. Até ao momento, a resposta da comunidade internacional ao apelo de 30 milhões USD lançado pelo Governo, em Fevereiro, atingiu os 15 milhões USD. Entretanto, cinco pessoas são dadas como desaparecidas desde o fim-de-semana, na sequência do naufrágio da embarcação em que seguiam na travessia do rio Supinho, no distrito de Nicoadala, na província da Zambézia. Entre os desaparecidos encontram-se dois professores e um comerciante. (TVM, Notícias, 10/04/01) Notícias de ontem (9 de Abril): CFM estão a despedir mais de 11 mil trabalhadores |