Crise de terra no Zimbabwe: Os presidentes de Moçambique, Zimbabwe e Malawi participaram ontem numa mini-cimeira na cidade portuária da Beira, dedicada à crise política e económica no Zimbabwe. Bakili Muluzi, presidente do Malawi e presidente em exercício da SADC, explicou que o encontro na Beira tinha sido acordado na recente cimeira de Blantyre. Os três presidentes dicidiram que em meados de Setembro próximo terá lugar em Harare uma cimeira da SADC na qual será abordada a crise de terra. Nesta cimeira deverão participar os chefes de Estado de Moçambique, Malawi, Botswana, África do Sul, Namíbia e Angola. Serão convidados a participar no encontro a Zanu-PF, partido no poder, o Movimento pela Mudança Democrática, MDC, os farmeiros e outros interessados na questão, com o objectivo de encontrar uma solução pacífica para a crise. (Notícias e TVM, 28/08/01) Leia também a notícia de 15 de Agosto: Harare rapatria imigrantes ilegais moçambicanos As autoridades zimbabweanas repatriaram compulsivamente, no último fim de semana, 71 imigrantes ilegais moçambicanos naquele país. A Rádio Moçambique, que deu a notícia, adianta que esse foi o quarto grupo de repatriados para a província de Manica nos últimos meses, por decisão do governo daquele país. Os repatriados disseram à RM que deixaram familiares e bens no Zimbabwe, porque na altura da sua detenção pela Polícia não lhes foi dada a oportunidade para recuperá-los. Entretanto, um funcionário do Alto-Comissariado de Moçambique em Harare alfirmou que o repatriamento foi "bem organizado", pois as autoridades daquele país comunicaram com antecedência a operação, o que permitiu que fossem criadas condições para os receber em Moçambique. Por seu turno a Polícia no distrito de Manica indicou que foram criadas condições de alojamento, alimentação e de transporte para as respectivas zonas de origem, nas províncias de Tete, Manica e Sofala. (Notícias, 28/08/01) Leia também a notícia de 28 de Abril: Está confirmado: Os sectores vitais da empresa CFM-Sul estão a funcionar, depois de mais de duas semanas de paralisação. Como consequência do fim da greve dos trabalhadores, os comboios de carga nas principais linhas do sul começaram a circular com alguma normalidade, faltando apenas o reatamento da circulação dos comboios de passageiros. As secções de Oficinas Gerais, Tracção, Manobras, Central Diesel, entre outras, voltaram a funcionar ontem em consequência do regresso de parte dos operários que até a última sexta-feira se apresentaram à direcção da empresa para assinar termos de compromisso e receber guias para se apresentarem nos respectivos postos de trabalho. Refira-se que, no acto da formalização do desejo de regressar ao trabalho, os ex-grevistas foram obrigados a assinar um documento no qual se comprometem a retomar as actividades laborais sem quaisquer pré-condições, a aceitar o salário que vinham auferindo até antes da eclosão da greve, bem como a não aderir nem estimular qualquer movimento reivindicativo no recinto ferro-portuário. Pelo menos no que diz respeito a esta última cláusula, esta exigência da administração parece ser anti-constitucional. (Notícias, MOL 28/08/01) Leia também a notícia de sábado passado: Conflito sobre tarifas do transporte de passageiros: Depois de ter sofrido transtornos durante cerca de três semanas, a circulação rodoviária - sobretudo dos transportes semi-colectivos de passageiros - na Estrada Nacional no 2, ligando a cidade de Maputo ao distrito de Boane, voltou à normalidade. Os transportadores dos "chapas" acabaram cedendo a uma parte das exigências dos residentes que, desde a última quarta-feira, vinham-se manifestando na região de Matola-Rio, impedindo a circulação de veículos. Ao abrigo do entendimento alcançado pelas partes, o preço das passagens entre as paragens intermediárias baixou de cinco mil para três mil meticais. Apesar desta redução, o preço da passagem entre a baixa da cidade de Maputo e o terminal de Boane mantém-se a oito mil MT. O "braço de ferro" entre as partes durava desde princípios deste mês quando os transportadores decidiram aumentar a tarifa que era praticada entre Maputo e Boane, de cinco mil para oito mil MT e as taxas intermediárias, de três mil para cinco mil MT. Os transportadores justificaram a medida afirmando que os custos de operação das viaturas foram agravados pelas sucessivas subidas do preço de combustível no país. As manifestações saldaram-se no atropelamento de uma pessoa por um camião, agressões, apedrejamento de viaturas, entre outros. A polícia interveio várias vezes, tentando dispersar os manifestantes e garantir o fluxo do trânsito. (Notícias, 28/08/01) Leia também a notícia de 9 de Agosto: Ampliação da MOZAL II: Pelo menos 550 pessoas jáconseguiram emprego como operários nas obras de construção da segunda linha de fornos da MOZAL, ao abrigo do projecto de expansão da capacidade de produção daquela fundição de alumínio. Trata-se do primeiro grupo de um total de 4000 pessoas a serem recrutadas e seleccionadas para o efeito, pelo Centro de Formação Profissional da Machava (CFPM), em Maputo. O processo de recrutamento e selecção de candidatos a emprego na construção da MOZAL II iniciou-se a 10 de Julho último, tendo até aqui sido inscritos perto de 5000 indivíduos. A procura de emprego é tão grande que o trânsito na Avenida das Indústrias, onde se enconta o CFPM sofre diariamente de engarrafamentos. Dos inscritos 99 já beneficiaram de formação profissional como pedreiros, ferreiros, fixadores de chapas, serralheiros civis, construtores de sistemas de saneamento, entre outras especialidades ligadas à construção civil. Proximamente irá iniciar a formação de operários para as outras áreas. (Notícias, 28/08/01) Leia também a notícia de 22 de Junho: Notícias de ontem (27 de Agosto): Mocumbi: Sindicato da função pública é ilegal |