Faz um mês que mataram Siba-Siba Faz hoje exactamente um mês que foi brutalmente assassinado o PCA interino do Banco Austral, António Siba-Siba Macuácua e não há notícia alguma sobre os autores deste crime. Um grupo de pessoas publicou no jornal Notícias de hoje um anúncio de uma página inteira, no qual diz, entre outras coisas, que "Com o assassinato de Siba-Siba, pretendeu-se silenciar a verdade e atentar contra a honestidade; quis se implantar o terror, o medo da verdade e a vergonha de se ser honesto. No entanto, o compromisso com a verdade, a honestidade e a sua obra humana sobreviveram à morte". A declaração é assinada por quatro centenas de pessoas. Um artigo no jornal metical de hoje afirma que Siba-Siba, antes de ser eliminado, teria estado a preparar, com o Departamento Jurídico do Banco Austral, acções jurídicas contra aqueles grandes devedores com quem não se tinha chegado a um entendimento sobre o rescalonamento das respectivas dívidas. Os nomes destes grandes devedores nunca foram publicados oficialmente. No entanto, artigos publicados nos jornais metical e mediaFAX, afirmam que os maiores devedores são figuras séniores do Governo e da Frelimo, assim como figuras importantes da oposição. O maior devedor de todos seria o actual ministro do Turismo, Francisco Sumbana jr. O Governo nunca se pronunciou sobre o assunto. (metical 11/09/01) Leia o artigo no metical de hoje Leia as notícias relacionadas: Análises confirmam: Análises laboratoriais determinaram que o surto de diarreias acompanhadas de vómitos que recentemente eclodiu em Mocuba, província da Zambézia, é ocasionado pelo vibrião colérico, que terá contaminado a água do rio Licungo. Estando interrompido o abastecimento de água potável, as populações consomem directamente a água do rio Licungo, sem nenhum tratamento prévio. Entretanto, como consequência da doença, já morreram cinco pessoas, de um total de 235 casos registados até ao momento. A situação é agravada pela prática do "fecalismo a céu aberto", incluindo nas margens do rio. Por dia registam-se, em média, 35 casos da doença na enfermaria especial, aberta para o efeito. (Notícias, 11/09/01) Leia também a notícia de sábado passado: Exploração florestal: O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Hélder Muteia, entregou recentemente na cidade de Pemba as primeiras concessões de exploração florestal na província de Cabo Delgado. No total, são 13 concessões que abrangem uma área de 607 971 hectares, o equivalente a 20% do potencial florestal daquela província. Segundo o governo provincial, o gesto insere-se no processo de reorganização do sector madeireiro, que iniciou em 1997. A exploração florestal naquela província, até há poucos anos efectuada por operadores sem capacidade técnica e tecnológica para o aproveitamento da madeira, razão por que abandonaram nas matas cerca de 5 mil metros cúbicos de madeira. Entretanto, a Associação de Madeireiros de Cabo Delgado queixa-se de vários atropelos na exploração madeireira,
protagonizados por operadores desonestos. Os madeireiros mostraram-se apreensivos pelo facto de as autoridades provinciais permitirem o corte da floresta em período de defeso.
(Notícias, 11/09/01) TEBA a procura de 10 mil mineiros que não reclamaram indemnização A companhia sul-africana TEBA (ex-WENELA) e o governo moçambicano estão a envidar esforços para localizar os 10 mil trabalhadores moçambicanos que, por diversas razões, perderam o seu emprego na África do Sul, mas ainda não reclamaram as respectivas indemnizações. Trata-se de trabalhadores que, na sua maioria, regressaram ao país, enquanto outros já faleceram. Os respectivos processos estão na posse dos governos das províncias de Gaza e Inhambane, donde provêm a maior parte dos trabalhadores
moçambicanos na África do Sul. Todavia, está difícil a sua localização ou dos seus familiares devido à grande movimentação
populacional registada durante a guerra. Refira-se que foi a WENELA que recrutou milhares de moçambicanos para as minas daquele país. (Notícias, 11/09/01) Até Dezembro: Maputo terá primeira fazenda de caça Vai nascer, até finais do presente ano, na província de Maputo, a primeira fazenda de caça, vocacionada para o turismo de caça sustentada e desenvolvimento do eco-turismo. Trata-se da reserva de caça de Matingatinga, que está a ser constituída em Ressano Garcia, numa extensão de 10 mil hectares, pela Sociedade de Produção e Abastecimento Agro-Pecuário (SAPAP). Para o efeito, a SAPAP desembolsou os 1,5 milhão USD que estão a ser empregues na importação dos animais e na instalação de infra-estruturas, entre outros encargos. A reserva de Matingatinga será constituída, nesta primeira fase, por cerca de 300 animais bravios, cujo custo de importaçào está avaliado em mais de 50 mil USD. Assim, foram importados na semana passada 70 impalas, 25 bois cavalo, 25 zebras e 50 cudos e espera-se para esta semana a importação de 50 facucheiros e 10 avestruzes. Para além do repovoamento a partir das importações da África do Sul, a SAPAP vai efectuar a captura de outras espécies no norte do país. (Notícias, 11/09/01) Leia também a notícia da semana passada: Notícias de ontem (10 de Setembro): Em Maputo: Regressados da ex-RDA retomam "jornadas de barulho" |