O Governo anunciou recentemente a sua intenção de abrir em Novembro um concurso para a privatização da gestão dos CFM-Centro. Das duas linhas do sistema ferroviário no centro do país, apenas a de Beira a Machipanda, na fronteira com Zimbabwe, está a operar em pleno. A linha de Sena, que liga o porto da Beira às minas de carvão em Moatize, na província de Tete - com um ramal para Malawi - está paralisada há cerca de quinze anos por causa das sabotagens sistemáticas sofridas durante a guerra. A linha de Sena está tão profundamente destruída que em grande parte terá que será construída de novo e
não apenas reabilitada. Estudos indicam dois possíveis cenários, um de "custos mínimos" que exige um investimento de cerca de 100 milhões de
dólares e outro, mais ambicioso, com um investimento de cerca de 350 milhões. Eventuais candidatos devem-se comprometer a reabilitar as duas linhas. O Governo está
a pensar num "joint venture" entre um consórcio de empresas privadas e a empresa pública CFM, que ficaria com um terço das acções. (AIM
23/10/01) Dívida privada externa cada vez maior Enquanto a dívida pública externa ficou reduzida a valores mais "manejáveis", graças à iniciativa HIPC, a dívida do sector público tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Numa conferência de imprensa, na passada terça-feira, a ministra do Plano e Finanças, Luisa Diogo, disse que é preciso evitar que o país volte a entrar no ciclo vicioso de empréstimos a prazos curtos e a juros altos. O Governo, disse a ministra, sá deverá aceitar empréstimos se as condições foram favoráveis e apenas como último recurso. Actualmente, a dívida privada externa é muito maior que a dívida pública. De acordo com o Governador do Banco de Moçambique, Adriano Maleiane, a dívida privada externa é de cerca de 4000 milhões de dólares. Três quartos deste valor são devidos por somente duas empresas, a Hidroeléctrica Cahora Bassa e a MOZAL. Mas mesmo sem considerar estas duas empresas, maioritariamente estrangeiras, uma dívida privada de mil milhões de dólares é preocupante, disse Maleiane. (AIM 23/10/01) Leia mais sobre a dívida (notícias do mês passado): Zimbabwe repatria mais de 250 moçambicanos As autoridades zimbabweanas repatriaram, no último fim-de-semana, cerca de 250 moçambicanos considerados ilegais naquele país. Os imigrantes moçambicanos foram recambiados através da fronteira de Machipanda, na província de Manica e, segundo a Rádio Moçambique, apenas quatro traziam parte dos seus bens. Os restantes nada traziam, porque na altura da sua captura não lhes foi dada a possibilidade de levarem consigo os seus bens. O grupo repatriado era constituído maioritariamente por jovens com idades compreendidas entre 15 e 30 anos, disse o Director Provincial de Migração em Manica, Domingos Salvador. De acordo com Salvador, este é o quarto repatriamento de moçambicanos ilegais este ano e ele relacionou o facto à crise económica que o Zimbabwe atravessa. A maior preocupação do Governo, disse Salvador, é o facto de os ilegais, alguns dos quais estão a viver no Zimbabwe a mais de dez anos, serem mandados de volta sem os seus haveres. (AIM 22/10/01) Leia mais sobre este assunto (notícia de 28 de Agosto): EXIM Bank emite Master Guarantee para BSTM O Export-Import Bank (EXIM Bank) dos Estados Unidos da América aprovou a emissão dum Master Guarantee Agreement (MGA) a favor do Banco Standard Totta de Moçambique (BSTM). Desta forma, os projectos que são encaminhados através do BSTM tornam-se mais expeditos. O MGA assegura a concessão de garantias a instituições financeiras que concedem empréstimos directos aos seus clientes. A emissão do MGA para o BSTM é a primeira a ser aprovada para um banco moçambicano. O EXIM Bank é um banco independente detido pelo governo norte-americano, que proporciona aos exportadores dos EUA e aos importadores
estrangeiros instrumentos financeiros que permitem expandir as relações comerciais, através da concessão de empréstimos directos, garantias
bancárias para financiamento de fundo de maneio, empréstimos de médio e longo prazos e ainda seguros de crédito de exportação.
(Notícias, 25/10/01) Com um novo Boeing 737-200: As Linhas Aéreas de Moçambique alugaram recentemente à Polaris Aircraft Leasing uma aeronave Boeing 737-200, para "reforçar a capacidade da empresa no transporte de pessoas e bens nas rotas domésticas e regionais". A aeronave, que já está no país e ostenta a matrícula moçambicana C9-BII, foi baptizada com o nome "Save". O início das operações está programado para o próximo sábado, no "Jacto Popular", o novo serviço das LAM. (Notícias, 25/10/01) Leia outras notícas sobre as LAM: Notícias de ontem (24 de Outubro): Grupo Consultivo reúne-se esta semana em Maputo |