Crise do metical: O Governo moçambicano acaba de anunciar a obrigação dos bancos comerciais aumentarem a partir de hoje as suas reservas obrigatórias, de 7 a 11,5%, junto ao Banco Central, para conter a contínua desvalorização do metical, a moeda nacional. A medida visa restringir a circulação excessiva da massa monetária no país, que segundo o Governo é responsável pela queda vertiginosa do metical que, de Março último para cá desvalorizou-se em cerca de 20%, em relação ao dólar norte-americano. Recentemente o Banco Central ordenou o encerramento de uma casa de câmbios, por alegadamente ter violado as normas vigentes no mercado. Analistas consideram que a queda do metical está associada à instabilidade política resultante das eleições de 1999 e é agravada pela interrupção do diálogo entre a Renamo e o Governo para sanar a crise. Há, no entanto, quem relacione a crise do metical ao crime organizado e particularmente à detenção dos irmãos Satar, suspeitos de terem mandado assassinar o jornalista Carlos Cardoso. (RDPÁfrica, 02/07/01) Leia também: Início do fim da Texlom A direcção da unidade fabril Texlom, localizada na cidade da Matola, iniciou o pagamento dos primeiros dois meses de salários, de um total de 26, que esta empresa têxtil deve aos seus cerca de 1200 trabalhadores. O pagamento dos salários em referência, que deveria ter sido efectuado em Maio passado, teve o seu início na quinta-feira, não se sabendo, porém, quando é que os trabalhadores auferirão os salários ainda em dívida. Em Abril último, os accionistas da Texlom decidiram pagar todos os salários em dívida e posterior indemnização e consequente despedimento, marcando assim o fim daquilo que foi um dos "gigantes" têxteis de Moçambique. (AIM 01/07/01) Leia a notícia de 26 de Abril: Cheias: A província central de Sofala necessita de cerca de 300 mil USD para custear todo o processo relativo à identificação, demarcação e elaboração de planos de ordenamento territorial nos locais de reassentamento das populaçoes vítimas das cheias. Para dirigir a operação, foi criada na província um órgão multisectorial, envolvendo as Direcções Provinciais das Obras Públicas e Habitatação, da Coordenação da Acção Ambiental, da Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Mulher e Acção Social e o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC). Segundo o coordenador deste órgão, Paulo Bene, a falta de meios financeiros para custear as operações no terreno está a atrasar o processo numa altura em que algumas populações começaram já a retornar às antigas zonas de residência. (AIM 01/07/01) Leia a notícia da semana passada: Morreu Chefe de Redacção do "Notícias" de Maputo Morreu sábado passodo em Maputo o Chefe de Redacção do jornal "Notícias", Hilário Cossa. Cossa, que vinha excercendo o cargo desde Novembro de 1994, morreu na sua residência e, segundo fontes familiares, citadas ontem pelo semanário "Domingo", ele padecia de pneumonia apesar de aparentar um óptimo estado de saude. Hilário vinha desenvolvendo normalmente as suas funções, tendo as interrompido apenas por uns dias devido ao falecimento, há duas semanas, de um filho seu. Nascido em Manjacaze, na província de Gaza, a 28 de Abril de 1961, Cossa ingressou no "Notícias" em 1981, como repórter
estagiário, tendo posteriormente passado pelos sectores de documentação e de arquivo, antes de voltar para a redacção, em 1986, para trabalhar como
repórter. Cossa chegou a assumir, em 1989, o cargo de redactor do sector internacional daquele diário, antes de ser nomeado Chefe de Redacção. (Domingo
01/07/01) Devido a falta de dinheiro: Devido a dificuldades de ordem logística e administrativa, a Comissão de Inquérito da Assembleia da República, que investiga as causas da violência ocorrida durante as manifestações protagonizadas pela Renamo-UE em Novembro do ano passado, não partiu para a província de Nampula para o reinício das suas actividades. O presidente do grupo, Vicente Ululu, justificou o adiamento com a falta de verbas para o pagamento das passagens aéreas, alojamento, aluguer de viaturas e outras questões necessárias para o funcionamento da comissão. Esta é a segunda vez em menos de três meses que a Comissão adia o início dos seus trabalhos devido, principalmente, a dificuldades orçamentais. Aquela comissão previa reiniciar as actividades no passado dia 26 de Junho na província de Nampula, região onde o grupo foi forçado a interromper a sua missão, devido a um acidente rodoviário que envolveu três dos seus sete membros. (Notícias, 02/07/01) Leia a notícia de 11 de Abril: Taça de Moçambique: Há três equipas nas meias-finais As equipas do Maxaquene, Ferroviário de Inhambane e Ferroviário de Quelimane qualificaram-se ontem para as meias finais da Taça de Moçambique em futebol, edição 2000-2001. Entretanto, o jogo entre o Estrela Vermelha e o Ferroviário de Maputo foi interrompido devido à falta de visibilidade no campo do Maxaquene. Na altura da interrupção decorria a série de grandes penalidades, dado que o jogo terminara em empate (1-1). Eis os resultados:
Nas meias finais, o Maxaquene desloca-se à cidade de Inhambane para defrontar o Ferroviário local, e o Ferroviário de Quelimane
aguarda pelo vencedor do jogo Textáfrica - Ferroviário de Maputo/Estrela Vermelha. (Notícias, 02/07/01) Notícias de sábado passado (30 de Junho): Défice de cereais na SADC pode ser bom para Moçambique |